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PMs usaram pelo menos 60 fuzis em ação no Complexo do Salgueiro

O porta-voz da PM, Ivan Blaz, disse que as armas serão enviadas à Polícia Civil para perícia. A PM contabiliza 10 mortos em toda a operação

atualizado

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Moradores encontram 9 corpos após confrontos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo
1 de 1 Moradores encontram 9 corpos após confrontos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Os policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tropa de elite da PM, usaram, pelo menos, 60 fuzis durante a ação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A PM contabiliza 10 mortos em toda a ação.

No fim de semana, um PM e outro homem que teria participado dos confrontos foram mortos. E mais oito corpos foram encontrados por moradores na área de manguezal da região, na segunda-feira (22/11).

“As armas usadas pelos 60 agentes do Bope  vão ficar à disposição da Polícia Civil para exame de balística. Queremos transparência nas investigações. Os policiais do 7º BPM (São Gonçalo) começaram a ser atacados na quinta-feira (18/11), quando fechamos cerco à região para impedir roubos de carga”, afirmou Ivan Blaz, porta-voz da instituição.

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Corpos foram encontrados após confrontos em favela de São Gonçalo
Polícia Civil esteve no local para recolher os corpos
Bombeiros recolheram os corpos no Complexo do Salgueiro e levaram para o IML
Armas, drogas e munições recolhidas pelo Bope em uma operação na comunidade
Legistas da Polícia Civil conferem os corpos no Complexo do Salgueiro
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Moradores do Complexo do Salgueiro retiraram corpos de um mangue e cobriram com lona

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Corpos foram encontrados após confrontos em favela de São Gonçalo

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Polícia Civil esteve no local para recolher os corpos

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Bombeiros recolheram os corpos no Complexo do Salgueiro e levaram para o IML

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Armas, drogas e munições recolhidas pelo Bope em uma operação na comunidade

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Legistas da Polícia Civil conferem os corpos no Complexo do Salgueiro

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Roupa que foi deixada próximo ao manguezal onde corpos foram encontrados no Complexo do Salgueiro

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No sábado, um PM e outro homem que participavam dos confrontos foram mortos. Até o início da noite de segunda-feira (22/11), agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí responsáveis pelas investigações identificaram os oito corpos encontrados na segunda-feira (22/11). Um deles é David Wilson Oliveira Antunes, de 23 anos.

A Polícia Civil já solicitou à PM a relação dos policiais que participaram da ação. A Corregedoria da PM também instaurou inquérito para apurar se houve desvio dos agentes. Eles vão começar a ser ouvidos pelo órgão ainda nesta semana.

Veja quem são as vítimas identificadas pela polícia:

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Carlos Eduardo Curado de Almeida, de 32 anos, já respondeu por tráfico de drogas, receptação, desobediência e ameaça
David Wilson de Oliveira Antunes, de 24 anos, não tinha anotações criminais
Élio da Silva Araújo, de 53 anos, tinha anotações criminais
 Ítalo George Barbosa Gouveia Rossi, de 34 anos, respondia por porte ilegal de arma de fogo, homicídio qualificado, tráfico de drogas, associação e corrupção ativa
Rafael Menezes Alves, de 29 anos, era testemunha e tinha envolvimento em investigações sobre o tráfico de drogas e corrupções de menores
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Jhonathan Klando Pacheco Sodré, de 28 anos, tinha anotações criminais por roubo e tráfico

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Carlos Eduardo Curado de Almeida, de 32 anos, já respondeu por tráfico de drogas, receptação, desobediência e ameaça

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David Wilson de Oliveira Antunes, de 24 anos, não tinha anotações criminais

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Élio da Silva Araújo, de 53 anos, tinha anotações criminais

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Ítalo George Barbosa Gouveia Rossi, de 34 anos, respondia por porte ilegal de arma de fogo, homicídio qualificado, tráfico de drogas, associação e corrupção ativa

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Rafael Menezes Alves, de 29 anos, era testemunha e tinha envolvimento em investigações sobre o tráfico de drogas e corrupções de menores

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David não tem anotações criminais, mas segundo a polícia estava usando roupas camufladas, como outros criminosos. Entre os identificados estão Kauã Brener Gonçalves Miranda, de 17 anos, que também não tinha passagem pela polícia; e Ítalo George Barbosa Govea Rossi, de 23 anos, o Sombra, que segundo a polícia, tem seis anotações criminais, entre elas por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas.

Os outros identificados são Jhonatan Klando Pacheco Sodré, 28, com passagens e estava evadido do sistema prisional do Pará; Elio da Silva Araújo, 53, Rafael Menezes Alves, 28, e Carlos Eduardo Curado de Almeida, 21, todos com anotações criminais. O oitavo identificado foi Douglas Vinicius Medeiros da Silva, de 27 anos

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Moradores encontraram pelo menos oito corpos
Familiares e amigos se emocionam ao encontrar corpos
Moradores retiraram os corpos do manguezal
Moradores encontram oito corpos após confrontos em favela de São Gonçalo
Bombeiros auxiliam na retirada de corpos
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Moradora desmaia ao reconhecer corpo

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Moradores encontraram pelo menos oito corpos

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Familiares e amigos se emocionam ao encontrar corpos

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Moradores retiraram os corpos do manguezal

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Moradores encontram oito corpos após confrontos em favela de São Gonçalo

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Bombeiros auxiliam na retirada de corpos

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Moradores choram as mortes ocorridas em São Gonçalo

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Ministério Público acompanha a perícia dos corpos

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Tenda improvisada para proteger os corpos

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Morador relata ação da PM no RJ: “Gente degolada. Vieram para matar”

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Policial faz a guarda dos corpos até a chegada da criminalística

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Corpos foram retirados cobertos por plásticos no Complexo do Salgueiro

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Moradores choram as mortes ocorridas em São Gonçalo

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OAB cita relatos de moradores sobre sinais de tortura em corpos no RJ

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Moradores encontram oito corpos após confrontos em favela de São Gonçalo

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Polícia Civil realiza perícia no local

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Policial faz a guarda dos corpos durante o trabalho da criminalística

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Corpos foram retirados cobertos por plásticos do Complexo do Salgueiro

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IML retira os corpos

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Moradores pedem "Paz e socorro"

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PMs desejaram Feliz Natal a moradores

O Ministério Público, que foi informado da operação, vai investigar denúncias, feitas por moradores, de execuções, tortura e excesso por parte de policiais. Um perito integrante do quadro técnico da instituição também foi designado ao Instituto Médico Legal (IML) para acompanhar o exame dos corpos.

Defensores públicos, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (Alerj) e da Ordem dos Advogado do Brasil (OAB-RJ) estiveram com moradores na localidade conhecida como Palmeiras.

“A PM sai da comunidade após longo confronto no domingo, por volta das 18h, agradecendo aos moradores e desejando Feliz Natal. Pontos importantes, não houve comunicação da existência de mortes à Polícia Civil. Era fundamental para que o local fosse preservado para ser periciado”, criticou Maria Julia Miranda, defensora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública.

De acordo com a PM, o local era de difícil acesso e não foi possível precisar se havia mortos. A instituição alegou, ainda, que foram feitos registros de ocorrência na delegacia da região com material apreendido como armas, munições e drogas.

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