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PMs presos em SP após morte de suspeito cobriram câmeras do uniforme

Justiça Militar investiga policiais da Rota de Osasco por fraude processual. Agentes poderão responder em liberdade

atualizado

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Imagem mostra câmera corporal com escudo da Polícia Militar de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem mostra câmera corporal com escudo da Polícia Militar de São Paulo - Metrópoles - Foto: Reprodução

A Justiça Militar em São Paulo está investigando três policiais da elite da PM em Osasco (SP) sob a suspeita de fraude processual por eles terem, aparentemente, coberto as câmeras que levam presas ao uniforme quando um suspeito de sequestro foi morto.

Eles também são investigados pelo homicídio desse mesmo homem e estavam presos desde o dia da morte, em 12 de julho, mas foram beneficiados com um habeas corpus na quarta (20/7) e vão poder responder em liberdade.

Os policiais se envolveram na perseguição a suspeitos de terem sequestrado um homem no último dia 12, em Barueri, cidade vizinha a Osasco, na Grande São Paulo.

De acordo com a ocorrência, na altura do km 28 da rodovia Anhanguera, após perseguição e troca de tiros, os suspeitos abandonaram seus veículos e tentaram fugir pela mata. Um homem foi preso, outro fugiu e um terceiro foi morto por homens da 1º Batalhão de Choque da Rota.

O G1, que teve acesso ao Inquérito Policial-Militar (IPM) que investiga a ocorrência, informou que os investigadores perceberam que os policiais investigados “praticaram fraude processual ao obstruírem os registros das câmeras operacionais padrão que utilizavam posicionando os seus fuzis na frente da COP, colocando as mãos na sua frente e ao se posicionarem de forma contrária à da vítima para que não fossem registradas as imagens da execução”.

Menos letalidade, mais produtividade

Em abril deste ano, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) divulgou estatísticas que mostram que batalhões da PM com câmeras nas fardas tiveram, no período de junho de 2019 a outubro de 2021, 87% menos confrontos do que equipes sem o recurso de vídeo.

A resistência às abordagens policiais também foi 32,7% menor nos batalhões que têm câmeras corporais.

O levantamento da PM aponta ainda que os batalhões que têm suas ações gravadas em tempo real fizeram 41,4% mais flagrantes e 12,9% mais apreensões de armas de fogo. Esses números foram avaliado pelo órgão estadual como uma “ampliação da produtividade operacional”.

Os equipamentos acoplados nas fardas dos policiais militares transmitem em tempo real o vídeo, o áudio e a localização via GPS.

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