PMs não usavam câmeras em ação que deixou mulher baleada no Rio
O comando da Corporação apura motivo pelo qual os PMs não utilizavam as câmeras corporais. Casal voltava após visitar filha em hospital
atualizado
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Os policiais militares que participaram da ação que deixou uma mulher baleada, nessa quinta-feira (21/11), no Rio de Janeiro, não utilizaram câmeras corporais durante a abordagem.
Sara Regina Cardoso Coelho, de 28 anos, estava com o marido, Uedson Mendonça Carvalho, na rua Silva Rabelo, no Méier, na zona norte da cidade, quando o carro do casal estava foi atingido por disparos. Eles retornavam do hospital, após visitar a filha, de cinco anos, que está internada com uma infecção.
No momento dos disparos, o carro estava parado em um semáforo. O veículo foi atingido por pelo menos cinco vezes. A mulher foi baleada e, segundo o marido, que estava ao volante, os tiros haviam partido dos policiais militares.
Em nota encaminhada ao Metrópoles, a Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que “o Comando da Corporação vai apurar o motivo pelo qual os policiais militares não estavam utilizando as câmeras corporais”.
A pasta destacou “que o uso das câmeras corporais é obrigatório por todos os agentes no momento que os militares assumem o serviço de policiamento ostensivo para o qual estão escalados”.
Casal ficou na linha de tiro, diz PM
A Polícia Militar informou que o carro do casal ficou na linha de tiro durante abordagem a outro veículo.
“Os ocupantes do veículo reagiram e houve confronto. No local, a passageira de um veículo próximo foi atingida e socorrida ao Hospital Salgado Filho. O fuzil utilizado pelo policial foi acautelado pela Polícia Civil”, afirmou a corporação.
Ainda de acordo com o comunicado da Secretaria de Estado de Polícia Militar, “a Corporação colabora integralmente com as investigações da Polícia Civil. A Corregedoria da Corporação acompanha o caso e também investiga o motivo pelo qual os agentes não utilizaram as câmeras no momento da ação”.