PMs do Ceará são investigados por supostos estupros de adolescentes
Controladoria Geral de Disciplina do estado também instaurou procedimento contra policial civil acusada de ameaçar mulher por ciúmes
atualizado
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A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) do Ceará instaurou, nessa terça-feira (27/7), dois procedimentos contra policiais militares acusados de estuprar adolescentes.
As informações são do jornal Diário do Nordeste.
O primeiro processo foi aberto contra um sargento da Polícia Militar do Ceará (PMCE) suspeito de estuprar uma menina de 13 anos, em Fortaleza, em 13 de julho. Segundo a denúncia recebida pela CGD, o PM aproximou-se da garota quando estava em serviço, na viatura policial, e pediu o telefone dela.
O caso também é investigado criminalmente pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca), da Polícia Civil.
O segundo denunciado é um sargento da Reserva Remunerada da Polícia Militar, suspeito de estupro e corrupção de menores. O jornal relata que o agente de segurança procurava por adolescentes e prometia o pagamento de dinheiro para terem relações.
Os crimes teriam ocorrido em 2018. A Polícia Civil apura o caso desde 2019. O policial militar já foi denunciado pelos supostos crimes pela 3ª Promotoria de Justiça de Quixadá, do Ministério Público do Ceará (MPCE).
Inspetora agride mulher por ciúmes
A CGD também investiga uma inspetora da Polícia Civil do Ceará (PCCE) suspeita de espancar e ameaçar de morte uma mulher por ciúmes.
De acordo com o jornal, a agente fez as ameaças em posse de arma de fogo, e agrediu a mulher, que se diz amiga do companheiro da inspetora. A Sindicância Administrativa aberta contra a policial civil mostra que os ataques supostamente ocorreram no local de trabalho da vítima, em um prédio na Avenida Santos Dumont, em Fortaleza, no dia 10 de setembro do ano passado.
A vítima relata que a policial estava esperando ela voltar da hora de almoço, por volta de 12h30. Quando a denunciante entrou no prédio, a agente de segurança teria dirigido palavras de baixo calão contra ela, arranhado seus braços e rosto, dado murros em sua barriga e puxado seus cabelos.
A servidora ainda teria apontado uma arma para a mulher. Segundo a vítima, a policial teria ficado com ciúmes dela com o companheiro, após ter visto uma mensagem em uma rede social. A mulher acrescenta que a agente já havia ido ao trabalho dela para falar mentiras e ameaçá-la.
A Perícia Forense do Ceará (Pefoce) constatou lesões nos dois braços e no ombro direito da mulher, “com a conclusão de que foi agredida fisicamente com objeto contundente”, de acordo com o laudo.