PMGO apreende arsenal com fuzis, munições e até “kit rajada” de facção
Conforme PM, armas são de facção que domina tráfico na região metropolitana de Goiânia; “kit rajada” transforma pistola em metralhadora
atualizado
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Goiânia – Equipes da Polícia Militar de Goiás (PMGO) localizaram um paiol de armas de fogo e drogas em Senador Canedo, na região metropolitana de Goiânia. Foram apreendidos fuzis, pistolas, munições e drogas. Dois homens e uma mulher foram presos.
As armas estavam escondidas em uma residência em reforma do bairro Monte Azul. Entre os objetos apreendidos há um “kit rony” ou “kit rajada”, equipamento que transforma uma pistola em uma “metralhadora”, permitindo vários tiros em pouco tempo. O kit é muito usado em execuções.
“Foi trabalhado diligências em várias casas que culminou no desmantelamento dessa facção criminosa”, afirmou o comandante da Rotam, tenente coronel Fábio Costa.
A descoberta desse paiol do crime foi uma ação integrada entre batalhões da PM de Caldas Novas e da Rotam. Foram apreendidas várias pistolas Glock, dois fuzis calibre 5.56, mais de 700 munições, além de crack, cocaína e insumos para produzir mais drogas.
A suspeita é que o armamento com alto poder de destruição seria usado em ações criminosas em Goiás.
Facção que matou servidor
O coronel Durvalino Câmara declarou ao Brasil Urgente Goiás, da TV Record, que a facção dona do armamento é a mesma que matou um vigilante penitenciário e sua esposa no dia 18/2 em Aparecida de Goiânia.
Elias de Souza Silva, de 38 anos, foi assassinado junto da esposa, em um atentado a tiros, quando voltava de carro de um plantão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia Servidor recusou suborno e barrou um motim, dias antes de ser moto.
Um dia após o atentado houve rebelião na Ala A da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), que na época era destinada para presos que podem conviver entre membros da facção carioca Comando Vermelho (CV). Os presos chegaram a transmitir a rebelião ao vivo pelo Facebook.
Esse grupo criminoso comanda o tráfico de drogas na região metropolitana de Goiânia e disputa espaço com o Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem como aliado a facção goiana Amigos do Estado (ADE).
A PMGO afirma em nota para a imprensa que essa facção tenta afrontar o Estado e que a operação em Senador Canedo foi um duro golpe contra ela.