SP: PM diz que não encerrou festa ao lado de UPA para evitar confronto
Secretário da corporação disse que não havia condições de segurança para evitar confronto em festa com mais de 2 mil pessoas
atualizado
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São Paulo – A Polícia Militar de São Paulo (PMSP) declarou que não encerrou uma festa clandestina que ocorria ao lado de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na zona leste para evitar confronto com mais de 2 mil pessoas.
No sábado (28/3), o médico Nelson Müzel, que trabalha na UPA 24 de Agosto, em Itaquera, usou as redes sociais para denunciar uma aglomeração com som alto acontecendo ao lado da unidade que trata 73 pacientes com Covid-19.
“Prefeito Bruno Covas, governador João Doria, vêm aqui trabalhar no nosso lugar. Vem aqui, ó. Vê se dá para trabalhar desse jeito? Não tem condição”, afirmou Müzel.
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Segundo o coronel Álvaro Camilo, secretário executivo da PM paulista, o evento não foi encerrado porque a corporação “não encontrou condições de segurança”.
“Uma intervenção da polícia em um lugar com 2 mil pessoas, esse confronto poderia ter gente ferida. Se há condições de fazermos uma intervenção e uma dispersão de maneira segura, ela será feita. Se vai causar um dano maior, com pessoas feridas, a polícia não fará a intervenção”, declarou Camilo em entrevista à TV Globo.
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) diz que enviou viaturas ao local para manter o policiamento no entorno e lamentou o desrespeito ao período da fase emergencial.
Ainda de acordo com a SSP, ações da Secretaria em conjunto com a vigilância sanitária dispersaram 350 aglomerações e festas apenas no sábado (27/3), com a autuação de 26 estabelecimentos.