PM que agrediu inocente para obter confissão é condenado por tortura
O policial teve sentença de três anos e sete meses em regime fechado e perdeu o cargo público
atualizado
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São Paulo – Um policial militar e um homem que amarraram e agrediram um inocente para que ele respondesse sobre um roubo de carro foram condenados por tortura.
O PM perdeu o cargo público e teve sentença de três anos e sete meses em regime fechado. O outro réu também foi condenado a regime fechado, com pena três anos e um mês.
O caso ocorreu em 2016, em Rio Claro, interior de São Paulo, mas a condenação em segunda instância só foi divulgada nesta quarta-feira (16/6).
Na ocasião, o PM e o outro réu abordaram o homem que estava na parada de ônibus, o jogaram no chão e o amarraram, dando golpes na cabeça e na boca.
“Após questionarem se o homem sabia sobre um roubo de carro, os condenados mantiveram-no amarrado e sendo agredido. Os crimes só foram interrompidos quando o patrão da vítima apareceu e esclareceu sobre sua inocência”, explica o Ministério Público de São Paulo.
O PM e o outro réu haviam conseguido reverter a acusação de tortura na primeira instância pelos crimes de abuso de autoridade e lesão corporal. A pena havia sido de cinco a quatro meses de detenção em regime aberto. O MPSP, então, recorreu e teve o recurso aceito.