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PM joga bombas para retormar controle de presídio em Roraima

O clima de tensão é evidenciado nos rostos de familiares de presos e também dos policiais que cercam o presídio

atualizado

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Pamc roraima presídio
1 de 1 Pamc roraima presídio - Foto: Divulgação

Policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Grupo de Resposta Rápida e agentes penitenciários do Grupo de Intervenção Tática (GIT) entraram na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc) para retomar o controle do presídio em Roraima, alvo de um massacre que teve como saldo 33 mortos.

Durante o período da manhã, pelo menos três barulhos de bombas de efeito moral puderam ser ouvidos de dentro da unidade, mas segundo os policiais, a medida é adotada para dispersar os presos, facilitando a retomada do controle do local.

O policiamento das imediações daquela que é considerada a maior unidade prisional do Estado foi reforçado. O clima de tensão é evidenciado nos rostos de familiares de presos e também dos policiais designados para cercar o perímetro da Pamc.

Até o momento, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) confirmou que 33 presos foram mortos na unidade, mas esse número pode passar de 40, segundo familiares ouvidos pela reportagem.A morte de presos da Pamc ocorre cinco dias após a chacina de detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no Amazonas, que resultou na morte de 56 presos.

Questionada sobre a ligação deste ocorrido com o do Estado vizinho, a Sejuc está encarando a situação como uma briga interna. Uma coletiva de imprensa deverá ocorrer as 16 horas.

OAB
O vice-presidente de Defesa dos Direitos e Prerrogativas do Advogado da OAB Roraima, Marco Antônio Pinheiro, visitou o presídio na manhã desta sexta-feira e disse que a chacina que vitimou 33 presos já era uma tragédia anunciada.

Ele atribuiu a culpa aos poderes públicos do Estado, principalmente o sistema judiciário, pela falta de iniciativas em relação ao sistema prisional de Roraima.

“Muitas das pessoas que ocupam a Pamc estão lá por mera suposição. É só você ver nos processos que estão no Tribunal de Justiça. A gente não está negando que não haja bandido, tem sim, mas como disse o Ministro da Justiça, hoje a Justiça brasileira condena muito, mas condena mal, porque coloca presos comuns junto com matador, estuprador, traficante e isso resulta nesse tipo de cartel do crime”, pontuou.

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