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PM é preso por golpes de mais de R$ 1 milhão contra colegas policiais

Ministério Público denunciou cabo Francisco de Assis Jesus dos Santos Soares de Oliveira por suposto esquema de aplicações financeiras

atualizado

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Rondas Ostensivas Tático Metropolitanas (Rotam) de Goiânia, da Polícia Militar de Goiás
1 de 1 Rondas Ostensivas Tático Metropolitanas (Rotam) de Goiânia, da Polícia Militar de Goiás - Foto: null

Um policial militar foi preso e denunciado por golpes de mais de R$ 1 milhão contra 20 colegas. De acordo com o Ministério Público de Goiás (MPGO), o cabo Francisco de Assis Jesus dos Santos Soares de Oliveira apresentava dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas, ativos de renda variável e apostas esportivas.

O Judiciário recebeu a denúncia do MPGO na sexta-feira (29/7), um dia depois de o cabo ser preso preventivamente.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás (PMGO) informou que tomou todas as providências cabíveis na esfera administrativa e acompanha a tramitação do processo na Justiça goiana.

Segundo as investigações, ao todo, 20 policiais do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), considerada a tropa de elite da PM goiana, sofreram o golpe.

O advogado das vítimas, Rubens Barbosa, contou à imprensa que o PM prometia lucros de até 30% ao mês a outros policiais. O Metrópoles não encontrou o contato da defesa do acusado para se manifestar.

A Justiça Militar também acolheu o pedido do MP para o bloqueio de valores disponíveis em nome do acusado em contas bancárias.

Mentorias

De acordo com a denúncia, há cerca de um ano, o policial começou a orientar os colegas com dicas e mentorias sobre aplicações financeiras em criptomoedas (tipo de dinheiro virtual), ativos de renda variável e apostas esportivas.

Por isso, segundo o MPGO, as vítimas começaram a participar de uma banca conjunta, criada e mantida por Francisco de Oliveira, em uma plataforma on-line, com sede no Reino Unido, onde faria aplicação de valores em apostas esportivas. A promessa de lucratividade variava de 30% a 50%.

Segundo a denúncia, Francisco teria abordado cada um dos colegas, fazendo promessas de altos rendimentos, e dizia que assumiria a responsabilidade caso houvesse qualquer tipo de prejuízo. O policial também exigia que cada vítima fizesse um investimento de R$ 10 mil.

Depois de alguns pagamentos, segundo o Ministério Público, nenhuma das vítimas recebeu rendimento dos valores, e, ao ser procurado pelos colegas, ele dizia que os valores aplicados estavam bloqueados por problemas técnicos.

Para liberar os valores, conforme a denúncia, o PM pedia aos colegas mais R$ 2 mil. Como eles não concordavam com a exigência, o cabo prometeu pagá-los até 20 de dezembro de 2021. Porém, desde então, não receberam e continuaram com os prejuízos.

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