PM é morto em tentativa de assalto a posto na Avenida Brasil no Rio
O sargento Alexandre Amazone Rosa reagiu à ação de criminosos e morreu no local. Ele era réu em um caso de homicídio ocorrido em 2018
atualizado
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Uma tentativa de assalto a um posto de combustíveis na Avenida Brasil, uma das vias expressas mais importantes do Rio de Janeiro, terminou com a morte do policial militar Alexandre Amazone Rosa, lotado no 14º BPM (Bangu), na manhã desta segunda-feira (8/11). O sargento foi baleado durante uma troca de tiros com os criminosos no estabelecimento, que fica em Guadalupe, na Zona Norte.
A Polícia Militar informou que ele e outro agente, do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), reagiram à ação e acabaram atingidos pelos suspeitos, armados com fuzis. Amazone morreu no local e foi removido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), segundo o Corpo de Bombeiros.
Feridos, o outro policial e um pedestre foram socorridos para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) comunicou que o PM tem estado de saúde estável e a outra vítima deixou a unidade por vontade própria.
Os criminosos conseguiram fugir. Uma câmera de segurança de uma rua próxima flagrou o momento em que dois homens com fuzis correm pela rua após o crime. As imagens também mostram o desespero de pessoas que passavam pelo local quando os tiros começaram. Assista:
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). O Metrópoles pediu mais informações à Polícia Civil, mas ainda não obteve retorno.
O Instituto Fogo Cruzado informou que Amazone é o 163º agente de segurança baleado na Região Metropolitana do Rio em 2021. Desses feridos, 73 morreram.
Crime no passado
A reportagem apurou que o sargento Alexandre Amazone Rosa foi preso em 2019 por homicídio e é réu em um processo que tramita na 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele é acusado de atirar contra dois homens em uma calçada em 5/2/2018, por volta de 23h.
As investigações da Polícia Civil revelaram que Washington Luiz da Silva e Marcio Loven Marcelino estavam sentados em frente à casa de um deles quando uma moto Honda Twister vermelha se aproximou. O veículo era dirigido por Wagner Abreu Alves, também réu no caso, e tinha Amazone na garupa. Ele fez uma série de disparos contra os homens. Washington morreu e Marcio conseguiu escapar com vida.
Testemunhas reconheceram os dois acusados. Alexandre Amazone ficou preso em uma Unidade Prisional da Polícia Militar (UPM) até obter a liberdade provisória, em fevereiro do ano passado. A Justiça ordenou a soltura dele e de Wagner devido à realização de confronto balístico com a arma usada no crime.