PM do Maranhão agride mulher e diz: “Vai aprender a não xingar policial”. Veja
As imagens mostram a vítima jogada no chão, e sofrendo apertos e empurrões, por quase oito minutos
atualizado
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Registros gravados na madrugada desta segunda-feira (5/10) mostram momentos agoniantes de violência policial. As imagens mostram uma mulher negra jogada no chão e agredida, com apertos e empurrões, por quase oito minutos, por um policial militar do Maranhão. O caso aconteceu em Praia Grande, bairro no centro de São Luís.
Na gravação, é possível perceber a presença de dois policiais militares, um em pé, no celular e com uma mão na arma; o outro, imobilizando a mulher, apoiando o peso do corpo contra o peito dela, que está jogada no chão. De acordo com o site A Ponte, testemunhas relataram que ela estava saindo de uma roda de samba na mesma rua.
Veja:
Logo no início da gravação, aparece um homem negro, de camiseta e bermuda, gritando para a mulher: “Ele é policial, porra”. Em seguida, esse mesmo homem fala para o policial “Assim não”, mas o policial que está em pé entra na sua frente.
Para tentar contornar a situação, ele diz: “Eu vou filmar então, eu vou filmar”. Nesse momento, o policial que estava em cima da mulher a levanta e empurra contra a parede falando “Você vai para a delegacia. Você vai entrar na viatura comigo”.
Durante a cena, que dura quase oito minutos, a mulher tenta se mexer e sair daquela situação, mas o PM responde: “Não faz isso, eu vou te machucar”. O homem de bermuda e camiseta começa a filmar e fala: “Eu tenho o direito de filmar”. O outro policial tenta impedir a filmagem, enquanto diz “não reage” para a mulher.
O PM que imobiliza a mulher diz ainda: “Você me xingou, você vai aprender a não xingar policial em serviço”. Como resposta, a mulher diz “Você me chamou de puta”.
Depois de vários minutos, de choro e discussão, chegam mais quatro policiais de capacete. Três vão para perto do homem com trajes civis e um para perto do PM, que segue imobilizando a mulher. Por fim, a gravação se encerra.
Outro lado
Até o momento, a Secretaria da Segurança Pública do Maranhão não se pronunciou sobre o assunto.