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PM alega legítima defesa após tiro em jovem no show de sertanejos

Soldado Pedro Henrique Candido Negreiro foi preso por atirar em Francis Junio Ribeiro Amorim, após confusão durante apresentação em Goiânia

atualizado

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Show da dupla Henrique e Juliano em Goiânia, Goiás
1 de 1 Show da dupla Henrique e Juliano em Goiânia, Goiás - Foto: Reprodução

Preso por atirar em um jovem de 27 anos durante o show de Henrique e Juliano, em Goiânia, no último domingo (5/6), o soldado da Polícia Militar (PM) Pedro Henrique Candido Negreiro, de 32, disse que desferiu disparo de arma de fogo “para se defender”. Ele atingiu Francis Junio Ribeiro Amorim, que está internado, em estado grave, em hospital na capital.

Pedro Henrique foi preso durante seu horário de serviço, na segunda-feira (6/6), depois de ser chamado ao 38º Batalhão da PM na capital, onde ele está lotado, pelo seu comandante, o tenente-coronel da PM Braulio de Souza Bessa. No local, o soldado confirmou que desferiu disparo de arma de fogo durante o show.

Irmã de jovem baleado em show de Henrique e Juliano critica segurança

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Francis Junio Ribeiro, baleado em show da dupla Henrique e Juliano
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Francis Junio Ribeiro, baleado no show da dupla Henrique e Juliano, em Goiânia, Goiás

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Francis Junio Ribeiro, baleado em show da dupla Henrique e Juliano

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De acordo com o termo de interrogatório ao qual o Metrópoles teve acesso, o policial disse que foi ao show com dois amigos, no estacionamento do Estádio Serra Dourada, na região sul da capital. Família do jovem reclamou de falhas na segurança.

Arma na cintura

Pedro Henrique contou que, por volta das 22h30, estava em meio à aglomeração, quando sentiu que uma pessoa, por trás dele, colocando a mão em sua cintura, nas proximidades de sua arma, uma pistola Taurus, calibre 40, com 11 projéteis.

O policial, que vestia camisa social, disse que era possível perceber a arma em sua cintura por causa do volume dela. Pedro Henrique afirmou que, ao notar a mão em sua cintura, segurou-a e, nesse momento, Francis o teria puxado para trás. Por isso, o PM disse que caiu no chão e foi agredido fisicamente pelo jovem, que estava com “outros dois outros elementos desconhecidos”.

Pedro Henrique contou que, no momento em que estava caído no chão, desferiu um disparo de arma de fogo “para se defender”. No entanto, o PM afirmou não ter percebido que o projétil havia atingido alguém. Após o disparo, conforme acrescentou, ele correu assim que as pessoas ao redor se afastaram, “temendo ser novamente agredido”.

Combinado

Depois, de acordo com o interrogatório, o PM foi para sua casa e telefonou para o seu advogado, oportunidade em que combinaram de que ele se apresentaria na 8ª Delegacia Distrital de Polícia Civil quando deixasse o serviço na manhã desta terça-feira (7/6).

A defesa do policial solicitou que constasse do termo de declaração que havia tentado telefonar para a delegacia, para marcar a apresentação do seu cliente, porém, segundo ela, não houve êxito. Também disse que havia conversado na Delegacia Estadual de Homicídios (DIH), onde foi informada que a investigação seria realizada na delegacia distrital.

Francis Junio Ribeiro Amorim está internado, consciente, em estado grave, na unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), em Goiânia.

Segundo o hospital, Francis passou por uma cirurgia no tórax e na mão esquerda. Ele também precisou retirar o baço e parte do pâncreas, de acordo com familiares. Além disso, está com um dreno no pulmão. Não há previsão de alta.

Termo de responsabilidade

A assessoria do evento lamentou o incidente e informou que está dando apoio ao jovem baleado. A organização destacou que o policial assinou termo de responsabilidade para entrar com a arma no local.

Ainda de acordo com a assessoria, o evento tinha uma equipe composta por 700 seguranças internos e externos e foi realizado o monitoramento e mapeamento durante toda a programação. “Infelizmente, não podemos prever que coisas desta natureza aconteçam, mas tentamos evitar ao máximo, cumprindo todas as regras de segurança que nos são determinadas”, diz a nota.

O caso é investigado pelo 8º Distrito Policial, que já começou a ouvir testemunhas.

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