Plataforma facilita reencontro de tutora com pet no RS

A cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, teve mais de 60% do seu território afetado pela inundação que cobre o estado. Segundo divulgado pela Defesa Civil, nessa sexta-feira (16/5), foram 12.108 animais foram resgatados.

Helen Stucker, de 23 anos, foi separada da sua cadela Flig por conta das chuvas. No momento em que as chuvas começaram, ela estava no trabalho enquanto a cachorrinha estava em casa no bairro de Mathias Velho.

A jovem foi barrada pelo Corpo de Bombeiros que não permitia a entrada de pessoas no bairro. Ela conta que naquele momento não pensou em mais nada a não ser na cadela. “Os bens materiais nem passavam na minha cabeça, só conseguia me sentir impotente por não conseguir trazer a Flig”, relata.

O desespero da jovem era não saber o que aconteceria a partir dali, a incerteza se o resgate chegaria. Devido à situação, muitos abrigos de animais passaram a aparecer nas redes e a busca se intensificou. Entrando em cada perfil, olhando foto por foto e conferindo cada manchinha a Flig apareceu. Assim que localizada, Helen foi ao abrigo, mas devido a falta de espaço a sua cadela não estava mais ali.

As buscas voltaram ao zero.

Uma semana depois, a partir da plataforma PetMapa, o reencontro aconteceu. O site tem como objetivo reunir pets e seus tutores através de anúncios e cartazes, pode juntar Helen ao lar temporário que abrigava Flig.

“Foi uma sensação maravilhosa. Um alívio. Eu não conseguia acreditar. Eu só consegui acreditar quando a moça que estava com ela me mandou um vídeo chamando a Flig pelo nome. Fui buscá-la na mesma hora”, disse a jovem.

Veja:

Helen e a família ainda não voltaram para casa, pois ela está em zona de risco, mas estão na casa do irmão. No momento, se apegam a felicidade estarem todos juntos e salvos. “Agora estou quentinha em casa”, brincou a tutora através dos registros.

Reunindo tutores e pets

A plataforma PetMapa, está expandindo a atuação no RS para ajudar que tutores encontrem os seus animais, unindo inteligência artificial com 60 voluntários, o site cruza informações dos pets cadastrados com essa e outras plataformas. Até o momento, foram cadastrados 800 animais.

Segundo a voluntária Adriana Fernandes Fraga, de 52 anos, o cadastro dos animais na plataforma tem sido de extrema importância na atual situação do estado, pois assim como aconteceu com a Flig, muitos animais estão sendo remanejados o tempo todo. Além disso, com as breves informações que ela divulga na plataforma, os voluntários que estão nos abrigos tiram fotos de cada um dos animais presentes ali.

Adriana é responsável por fazer a ponte entre os abrigos e voluntários afirma que já passaram de tudo com os abrigos e alguns não entendem que a plataforma veio para ajudar “alguns que estão tão saturados e desesperados que não tem como dar uma resposta, outros que contactamos que pareciam que não estavam interessados”, relata.

Como funciona a plataforma?

O cadastro deve ter informações básicas do pet perdido ou encontrado, por exemplo, nome, idade, características, onde foi perdido ou encontrado, uma foto e os dados do tutor ou lar temporário. Com o uso da inteligência artificial o cruzamento de informações na região.

Caso haja suspeitas de se tratar do mesmo, um aviso é disparado por email e/ou Whatsapp.

No mapa da plataforma, os pins em vermelho são para animais que os tutores estão procurando e verdes para pets encontrados. Na última semana o PetMapa contou com 40 mil acessos na plataforma e o número de cadastros não para de crescer.