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Planos de saúde individuais devem ter reajuste recorde em 2022

Alta deve chegar a 15,7% neste ano, de acordo com projeções de entidades do setor. Disparada da inflação é um dos principais motivos

atualizado

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Agência Brasil
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1 de 1 ANS imagem colorida ans - Foto: Agência Brasil

Os planos de saúde individuais podem ter reajuste recorde em 2022 e chegar a 15,7% neste ano, de acordo com projeções da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Inicialmente, o percentual previsto era de 16,3%, mas foi revisado depois que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) atualizou os dados do quarto trimestre de 2021 na sua base de dados de referência.

“O cálculo considera prioritariamente a variação das despesas assistenciais com atendimento aos beneficiários de planos de saúde, a variação por faixa etária e a eficiência da operadora — sob peso de 80% — e, também, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que incide sobre custos de outra natureza, como despesas administrativas”, diz a FenaSaúde.

A federação diz que outros fatores também impactam diretamente no reajuste: o aumento no preço de medicamentos e insumos médicos, a forte retomada dos procedimentos eletivos, o impacto de tratamentos de Covid longa e a incorporação de novas coberturas obrigatórias aos planos de saúde.

“Vale salientar que o Brasil enfrenta a maior inflação geral em seis anos, o que afeta diversos setores de atividade econômica, incluindo o mercado de planos de saúde”, prossegue a entidade.

Inflação em 12 meses é a mais alta desde outubro de 2003

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima que o percentual de reajuste seja próximo a 16,3%. “Caso isso se confirme, o biênio 2021/2022 terá um reajuste médio anual de cerca de 2,7%, o que seria um dos menores da história dos planos de saúde individuais e familiares”, diz a associação. O maior percentual autorizado até hoje foi de 13,57%, em 2016.

“É importante lembrar que os planos de saúde foram o único setor regulado com reajuste negativo em 2021, de -8,19%, reflexo direto das despesas médico-hospitalares de 2020 que foram inferiores às de 2019 por conta do adiamento dos procedimentos eletivos, gerado pelo distanciamento social logo no início da pandemia”, justifica a Abramge.

Segundo a Abramge, alguns motivos impactaram na subida de preços: a retomada dos atendimentos adiados no ano anterior e a segunda onda da Covid-19. Outros fatores que impactaram foram a inflação mundial de insumos (materiais, equipamentos e medicamentos) e a alta exponencial do dólar, moeda atrelada a grande parte dos insumos médico-hospitalares utilizados no Brasil.

Definição é feita pela ANS

Os percentuais máximos de reajuste anuais, tanto nos planos individuais quanto nos familiares, são determinados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Procurada, a ANS afirmou que o reajuste está sendo calculado e será divulgado pela agência após conclusão dos cálculos e manifestação do Ministério da Economia. “Ainda não há, portanto, uma data definida para divulgação do índice”, informou, em nota.

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