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Veja quem atuava nos 6 núcleos acusados de tramar golpe

O ministro do STF Alexandre de Moraes derrubou o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a trama golpista e o enviou à PGR

atualizado

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Quatro integrantes da trama golpista
1 de 1 Quatro integrantes da trama golpista - Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes enviou, nesta terça-feira (26/11), à Procuradoria-Geral da República (PGR) o relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) que apura a tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. Moraes ainda afastou o sigilo do relatório.

São 37 indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa; entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Conforme aponta o documento da PF, os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos e seus participantes:

1) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral: produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à lisura das eleições presidenciais de 2022, com a finalidade de estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas, no intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado, conforme exposto no tópico “Das Medidas para Desacreditar o Processo Eleitoral”.

  • Participavam: Mauro Cesar Barbosa Cid, Anderson Torres, Angelo Martins Denicoli, Fernando Cerimedo, Eder Lindsay Magalhães Balbino, Hélio Ferreira Lima, Guilherme Marques Almeida, Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Tércio Arnaud Tomaz.
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Anderson Torres
Angelo Martins Dernicoli
Fernando Cerimedo
Éder Lindsay Magalhães Balbino
Hélio Ferreira Lima
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Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe

Vinícius Schmidt/Metrópoles
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Anderson Torres

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Angelo Martins Dernicoli

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Fernando Cerimedo

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Éder Lindsay Magalhães Balbino

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Hélio Ferreira Lima

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O tenente-coronel Guilherme Marques Almeida

Divulgação
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Tércio Arnaud e Jair Bolsonaro

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2) Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado: eleição de alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investigadas golpistas. Os ataques eram realizados a partir da difusão em múltiplos canais e por meio de influenciadores em posição de autoridade perante a “audiência” militar.

  • Participavam: Walter Souza Braga Netto, Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, Ailton Gonçalves Moraes Barros, Bernardo Romão Correa Neto e Mauro Cesar Barbosa Cid.
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Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Bernardo Romão Correa Neto
Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Braga Netto foi preso no sábado

© Fernando Frazão/Agência Brasil
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Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho

Agência Brasil
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Ailton Gonçalves Moraes Barros

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Bernardo Romão Correa Neto

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Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro

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3) Núcleo Jurídico: assessoramento e elaboração de minutas de decretos, com fundamentação jurídica e doutrinária, que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado.

  • Participavam: Filipe Garcia Martins Pereira, Anderson Gustavo Torres, Amauri Feres Saad, José Eduardo de Oliveira e Silva e Mauro Cesar Barbosa Cid.
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Anderson Torres
 Amauri Feres Saad
Segundo a PF, o religioso participou de reunião em 2022 para tratar do golpe. Ele nega
Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro
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Filipe Garcia Martins Pereira

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Anderson Torres

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Amauri Feres Saad

TCE-SP/Divulgação
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Segundo a PF, o religioso participou de reunião em 2022 para tratar do golpe. Ele nega

@pejoseduardo/Instagram/Reprodução
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Mauro Cid é ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro

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4) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas: a partir da coordenação e interlocução com o então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, atuavam em reuniões de planejamento e execução de medidas para manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo a mobilização, a logística e o financiamento de militares das forças especiais em Brasília.

  • Participavam: Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros, Bernardo Romão Correa Neto, Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Alex de Araújo Rodrigues e Cleverson Ney Magalhães.
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Hélio Ferreira Lima
Militares foram alvo por contato com o tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, indiciado pela PF
Cleverson Ney Magalhães
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Bernardo Romão

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Hélio Ferreira Lima

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Militares foram alvo por contato com o tenente-coronel do Exército Rafael Martins de Oliveira, indiciado pela PF

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Cleverson Ney Magalhães

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5) Núcleo de Inteligência Paralela: coleta de dados e informações que pudessem auxiliar a tomada de decisões do então presidente da República, Jair Bolsonaro, na consumação do golpe de Estado. Monitoramento do itinerário, do deslocamento e da localização do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e de possíveis outras autoridades da República, com objetivo de captura e detenção, quando da assinatura do decreto de golpe de Estado.

  • Participavam: Augusto Heleno Ribeiro Pereira, Marcelo Costa Camara e Mauro Cesar Barbosa Cid.
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Marcelo Costa
Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe
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Augusto Heleno, braço direito de Bolsonaro

Igo Estrela/Metrópoles
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Marcelo Costa

Reprodução
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Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe

Vinícius Schmidt/Metrópoles

 

 

6) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas: utilizando-se da alta patente militar que detinham, agiram para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumação do golpe de Estado.

  • Participavam: Walter Souza Braga Netto, Almir Garnier Santos, Mario Fernandes, Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira, Laércio Vergílio e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.
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O almirante Almir Garnier Santos foi citado por Mauro Cid como defensor de golpe de Estado
Mário Fernandes, general da reserva preso por suposto golpe de Estado
Estevam Theophilo
Laércio Virgílio
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
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Braga Netto foi preso no sábado

© Fernando Frazão/Agência Brasil
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O almirante Almir Garnier Santos foi citado por Mauro Cid como defensor de golpe de Estado

Divulgação/ Defesa Aérea e Naval
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Mário Fernandes, general da reserva preso por suposto golpe de Estado

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Estevam Theophilo

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Laércio Virgílio

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Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

Agência Brasil

 

Agora é com a PGR

Chefiada por Paulo Gonet, a PGR vai emitir um parecer sobre a consistência das provas para a denúncia, ou não, dos investigados. Esse órgão federal também pode pedir novas diligências sobre o caso. O parecer será direcionado ao ministro Moraes.

No inquérito, que contém provas e acusações contra uma organização criminosa que teria tentado abolir de forma violenta o Estado Democrático de Direito por meio de um golpe de Estado em 2022, 37 pessoas foram citadas; entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, além de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, sigla de Bolsonaro.

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