Plano de abertura gradual da economia em SP começa em 10 de maio
O material está sendo avaliado pela área médica, que já indicou que fará alterações no conteúdo
atualizado
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A gestão João Doria (PSDB) prepara um plano de abertura gradual da economia pós-pandemia da Covid-19. Ele deve ser apresentado na próxima quarta-feira (22/04). O material, proposto pela equipe econômica do governo, está sendo avaliado pela área médica, que já indicou que fará alterações. A intenção é que o plano possa ser implementado a partir de 11 de maio, dia seguinte ao fim programado da quarentena, mas é o avanço do vírus que vai definir isso, segundo o governo.
A ideia é transmitir ao Estado como será o relaxamento da quarentena, que será divulgado mesmo com o receio de parte do governo de que a simples notícia de reabertura possa incentivar as pessoas a saírem de casa. Assim, será dito que a entrada em vigor das medidas vai depender também do comportamento da população.
Os setores econômicos que puderem voltar, em algumas regiões, teriam de concordar com regras de segurança sanitária cuja eficiência ainda está sendo verificada pelos integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus, comitê que reúne 15 autoridades da área de saúde.
A proposta pretende acalmar ânimos de prefeitos, deputados e empresários que vêm pressionando o governo para uma retomada das atividades econômicas. Doria já vinha recebendo pressões de aliados nesse sentido e, na sexta-feira passada (17/04), vetou uma proposta que manteria a quarentena, que venceria no dia 22, apenas nas cidades das cinco regiões metropolitanas do Estado. O veto surpreendeu políticos do DEM, partido do vice-governador Rodrigo Garcia, que tinham essa abertura como certa.
Essa pressão fez com que os secretários da Saúde, José Henrique Germann, e do Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, se reunissem ainda na sexta com cerca de 200 prefeitos do interior para pedir paciência. Tiveram de explicar que o vírus ainda chegaria nas cidades onde ainda não há registro de casos, se valendo de projeções feitas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), que mostrou o interior três semanas atrasado em relação à Grande São Paulo no avanço do surto.
“Os prefeitos, no começo, foram até mais rígidos, fazendo barreiras sanitárias. Tivemos de ter muito diálogo”, diz Vinholi, do PSDB, mesmo partido de Doria. Agora, ele diz receber ligações de “100 prefeitos por dia” com questionamentos sobre o isolamento. “O anúncio dessas medidas terá um impacto positivo”, afirma o secretário.