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Planilha detalha gastos “prosaicos” de Sérgio Cabral

Ex-operadores do esquema revelaram que uma das anotações codificadas refere-se à despesa para o tratamento psicológico da “mulher ou sogra”

atualizado

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Shana Reis/Gov do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo
1 de 1 Sérgio Cabral e sua esposa Adriana Ancelmo - Foto: Shana Reis/Gov do Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) conseguiu decodificar parte de uma planilha de despesas do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho (PMDB) pagas pelo suposto esquema de corrupção que o peemedebista teria chefiado durante seu mandato apreendida pela Polícia Federal na Operação Eficiência. Procuradores da República tiveram a colaboração dos irmãos Marcelo e Renato Chebar, ex-operadores do esquema. Em acordo de delação premiada, eles revelaram que uma das anotações codificadas refere-se a despesa de R$ 1.500 para o tratamento psicológico da “mulher ou sogra” de Cabral.

Responsáveis por enviar para o exterior milhões de dólares em recursos obtidos por meio de corrupção, os colaboradores detalharam gastos prosaicos do ex-governador, de custos médicos a recolhimento de impostos — tudo bancado com dinheiro sujo. Também é listado o pagamento mensal de R$ 3.250 para aulas de equitação para um dos filhos do ex-governador, na Sociedade Hípica. A organização teria repassado, no total, R$ 19,5 mil para este fim.

A ex-sogra e a ex-cunhada de Cabral também aparecem na planilha como receptadoras dos recursos. O documento tem referências a Angela Neves e Nina Neves, ao lado dos bancos nos quais têm conta, com anotações de depósitos mensais de R$ 7.500 para cada uma. Somadas todas as vezes em que os seus nomes são citados, cada uma teria recebido R$ 37,5 mil do esquema, entre 2014 e 2015. Elas ainda não foram citadas em nenhuma denúncia.

Os Chebar relataram que o esquema dos repasses era sigiloso e complexo. Um dos operadores mais próximos de Cabral, Carlos Miranda, que está preso, entregava boletos bancários para que efetuassem pagamentos. Com o tempo, passaram a fazer os pagamentos em espécie. Segundo Marcelo Chebar, Miranda fazia os pedidos por um programa de mensagens criptografadas.

A defesa de Carlos Miranda afirmou que “todos os fatos relatados na denúncia serão esclarecidos”. A defesa de Susana Neves disse desconhecer a planilha e não se manifestou.

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