Planalto dispensa diplomata que participou de reunião golpista
O Palácio do Planalto dispensou um diplomata que trabalhava na equipe de comunicação do G20 dentro da Secom desde dezembro de 2023
atualizado
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O Palácio do Planalto dispensou um diplomata que trabalhava na Secretaria de Comunicação Social (Secom) depois de descobrir que ele teria participado da reunião da cúpula bolsonarista que discutiu uma suposta tentativa de golpe de Estado. A informação é da GloboNews.
Identificado como Comarci Nunes Filho, o diplomata atuava na Secom desde dezembro de 2023, quando foi escolhido para coordenar a equipe de audiovisual que cuida da preparação e da cobertura das ações do G20 — grupo que reúne as maiores economias do mundo.
Além de Comarci, mais dois diplomatas participaram da reunião do plano golpista, capitaneada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus ministros. São eles:
- Fernando Simas Magalhães, então secretário-geral do Itamaraty
- O embaixador André Chermont de Lima, à época chefe do cerimonial da Presidência
Para justificar a presença na “reunião do golpe”, o diplomata afirmou que, devido ao seu papel de “assessor do embaixador Fernando Simas”, precisava “acompanhá-lo nas reuniões em que ele fosse”.
Fora de grupo de mensagens
Comarci teria sido removido de um grupo de aplicativo de mensagens com assessores do governo no G20 após a reportagem procurar posicionamento da Secom.
Em nota, a Secom informou apenas que o diplomata foi convidado a integrar o grupo que cuida do G20, mas ainda não tinha sido efetivado e que “diante das novas informações, ele não irá para essa equipe”.
O Metrópoles tenta contatar o diplomata para esclarecer os fatos.