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Planalto responsabiliza gestão Bolsonaro por informação sobre móveis

Segundo nota divulgada pelo governo, o relatório que apontava o sumiço dos móveis da Alvorada foi produzido pela gestão de Bolsonaro

atualizado

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Palácio da Alvorada em Brasília - metrópoles
1 de 1 Palácio da Alvorada em Brasília - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O governo federal publicou nota na noite desta quarta-feira (20/3) alegando que a atual gestão não tem responsabilidade pelo relatório sobre 261 móveis do Palácio da Alvorada que teriam “sumido” durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) e foram encontrados depois, em depósitos da Presidência.

Segundo o texto, o relatório que apontava o suposto desaparecimento foi produzido pelo governo anterior e entregue no dia 4 de janeiro, início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior”, diz a nota.

Ainda segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom/PR), parte dos itens estavam abandonados em depósitos “e sem controle”, em diferentes locais pertencentes à Presidência, não só no Palácio da Alvorada.

A busca pelos móveis perdidos, de acordo com o governo, foi concluída no segundo semestre de 2023. A nota também defende a compra de itens novos para “recompor o ambiente” do Palácio da Alvorada, que estava deteriorado.

“Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido”, diz o texto.

Lula acusou casal Bolsonaro

No início de 2023, após assumir, o presidente Lula disse que as peças teriam sido levadas por Bolsonaro.

“O quarto que tinha cama, já não tinha mais cama, já estava totalmente… eu não sei como é que fizeram. Não sei porque que fizeram. Não sei se eram coisas particulares do casal, mas levaram tudo. Então a gente está fazendo a reparação, porque aquilo é um patrimônio público. Tem que ser cuidado”, disse Lula, em café da manhã com jornalistas.

Entenda

Os 261 móveis supostamente perdidos do Palácio da Alvorada, a residência oficial da Presidência, foram encontrados. A “perda” de parte da mobília motivou troca de acusações entre ambas as famílias logo no primeiro mês do governo petista.

Os itens “desaparecidos” do Alvorada embasaram compras de mais de R$ 250 mil em móveis para o local.

Com a notícia dessa quarta, Bolsonaro reagiu acusando Lula de “falsa comunicação de furto”.

Confira a nota completa:

O relatório que diz que 261 móveis estavam perdidos foi emitido no dia 4 de janeiro, concluindo um trabalho feito durante o governo Bolsonaro e finalizado pela equipe do governo anterior. Foi essa a informação recebida no início desta gestão. Ou seja, quem não sabia onde estavam os móveis era a gestão anterior, parte deles abandonados em depósitos e sem controle.

Só no segundo semestre de 2023 o atual governo conclui a busca por todos os móveis que estavam perdidos na gestão Bolsonaro em diversas dependências diferentes da Presidência da República – não só no Alvorada. O governo atual que localizou esse patrimônio perdido.

Os móveis que foram comprados para viabilizar a mudança do presidente ao Palácio do Alvorada foram os imprescindíveis para recompor o ambiente do Palácio de acordo com seu projeto arquitetônico, e não são os mesmos da lista de patrimônio perdido. Foram comprados para recompor o ambiente do Palácio que estava deteriorado, como foi mostrado inclusive por jornalistas.

Também não quer dizer que os 261 móveis encontrados estavam em condições de uso. O patrimônio adquirido não pertence, assim como todo o patrimônio do Alvorada, a um ou outro presidente, mas sim compõem o patrimônio e mobiliário presidencial.

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