PL do Aborto perde assinatura de deputada da bancada evangélica
Renilce Nicodemos (MDB-PA) disse não saber que texto que equipara aborto feito após 22 semanas ao homicídio se aplica a vítimas de estupro
atualizado
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O PL 1.904, que equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de aborto, perdeu uma assinatura de uma deputada da bancada evangélica nesta segunda-feira (17/6). A parlamentar Renilce Nicodemos (MDB-PA) pediu para que a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados tire o nome dela da lista de assinaturas que endossam o texto. As informações são do Estadão.
Renilce havia feito a solicitação na quarta-feira (12/6), mas protocolou a intenção apenas nesta segunda. A parlamentar divulgou uma nota na qual ela disse ter assinado, mas sem saber que a medida se aplicava inclusive para vítimas de estupro.
“Após essa constatação, a deputada fez a retirada da assinatura porque tem certeza absoluta que esse projeto não irá favorecer nem as mulheres, nem as crianças, somente os agressores e estupradores” disse Renilce, por meio de nota.
O Projeto de Lei (PL) 1.904, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante(PL-RJ), teve o regime de urgência para tramitação aprovado na Câmara dos Deputados aprovado na quarta-feira (12/6). Desde então, ganhou repercussão e uma série de manifestações.
Atos foram registrados nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Florianópolis.
Na manhã desta segunda, uma sessão no Congresso foi realizada para discutir o assunto. Um dos momentos que ganhou a atenção dos presentes e repercutiu na internet foi uma encenação de um suposto aborto. A contadora de histórias Nyedja Cristina Gennari Lima Rodrigues usou expressões fortes no ato cênico.