Pit-bulls sobrevivem após serem esfaqueados e jogados em praia
Além dos ferimentos à faca, um dos cachorros também apresentava sinais de enforcamento. Ambos sofrem com anemia e doença do carrapato
atualizado
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Um casal de pit-bulls, “Brancão” e “Tigresa”, foi resgatado na última terça-feira (10/02) em uma praia de Guarujá, no litoral de São Paulo. Os dois cães foram esfaqueados e jogados no local. Além dos ferimentos à faca, um dos cachorros também apresentava sinais de enforcamento. Além disso, ambos sofrem com anemia e a doença do carrapato. Eles foram hospitalizados e estão fora de risco. As informações são do G1.
Elaine Dalsin, de 46 anos, é a proprietária de uma creche para cães. Ela conta que foi avisada de que havia dois cães gravemente feridos na praia do Canto do Tortuga. Ao chegar no local, descobriu que os animais haviam sido levados a uma clínica veterinária.
O caso dos animais
A empresária foi informada pela equipe sobre o quadro de saúde dos cães. O macho tem 2 anos e a fêmea, 6. Em estado mais grave, a cadela não conseguia se mover nem se alimentar e apresentava dificuldade para respirar, segundo Elaine. “Além da facada, a Tigresa tinha um tipo de caroço no pescoço, que a veterinária acredita ser um sinal de que ela tenha sido enforcada, e chegou desorientada por algum trauma neurológico, talvez por uma pancada na cabeça. Ou seja, eles têm sinais claros de maus-tratos, mas são muito educados e carinhosos, é impressionante”, afirma.
A médica veterinária Priscila Maria Lattari, que tratou de Tigresa, aponta um quadro grave de anemia, além da doença do carrapato.
Já Brancão, segundo conta Elaine, não sofreu tantos ferimentos, recebeu alta no mesmo dia e foi encaminhado à creche para cães da empresária. No entanto, como o cachorro ainda apresentava um quadro de anemia leve e também estava com a doença do carrapato, retornou ao hospital veterinário onde está Tigresa.
Destino dos cachorros
Os dois serão levados à creche de Elaine. A empresária afirma, ainda, que pretende registrar a ocorrência de maus-tratos na Delegacia de Polícia de Guarujá. Até o momento, o responsável pelas agressões não foi identificado.