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Pimenta rebate chanceler de Israel: “Lula nunca negou o Holocausto”

Ministro Paulo Pimenta diz que israelense atribuiu a Lula “conteúdos falsos” e “opiniões jamais ditas por ele”: “Lula não criticou judeus”

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Hugo Barreto/Metrópoles
imagem colorida mostra ministro da Secom, Paulo Pimenta, sentado em cadeira no estúdio do Metrópoles, gesticulando com as mãos. Ele é um homem branco de cabelos grisalhos, com barba cheia. Usa terno preto, camisa branca e gravata rosa
1 de 1 imagem colorida mostra ministro da Secom, Paulo Pimenta, sentado em cadeira no estúdio do Metrópoles, gesticulando com as mãos. Ele é um homem branco de cabelos grisalhos, com barba cheia. Usa terno preto, camisa branca e gravata rosa - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social, respondeu ao ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, sobre os comentários feitos a respeito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após uma fala do chefe do Executivo sobre os ataques israelenses em Gaza e o Holocausto.

No X (antigo Twitter), Pimenta disse que Katz atribuiu a Lula “conteúdos falsos” e “opiniões que jamais foram ditas por ele”, em meio à guerra entre Israel e o grupo Hamas, da Palestina. Segundo o ministro, “em nenhum momento” o presidente brasileiro criticou a população judia ou negou o Holocausto.

“Lula condena o massacre da população civil de Gaza promovido pelo governo de extrema-direita de Netanyahu, que já matou mais de 30 mil palestinos, entre eles, 10 mil crianças”, falou o brasileiro, sobre o primeiro-ministro de Israel.

Pimenta também apontou as afirmações de Lula condenando os ataques do Hamas e a posição do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para a aprovação de um cessar-fogo imediato.

“Isolado, o governo de Israel adota prática da extrema-direita e aposta em fake news para tentar se reafirmar interna e internacionalmente”, disse o ministro.

Mais cedo, em português, Katz foi às redes sociais cobrar um pedido de desculpas do presidente brasileiro. Na postagem, ele disse que Israel defendeu o mundo “contra os novos nazistas” e chamou de “um cuspe no rosto dos judeus brasileiros” a frase de Lula sobre o Holocausto.

Ministros saem em defesa

Pimenta se junta a outros ministros, como Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania), André Fufuca (Esportes) e Sonia Guajajara (Povos Indígenas), que publicamente defendem Lula, após uma escalada no mal-estar entre Brasil e Israel.

No domingo (18/2), enquanto terminava a viagem pela África, o presidente brasileiro chamou atenção para a calamidade na Faixa de Gaza, enclave da guerra, e endureceu o tom contra Israel.

“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou.

O petista, então, cobrou ajuda humanitária do “mundo rico”: “Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”.

Persona non grata

Em meio à repercussão internacional, Lula se tornou “persona non grata” em Israel e o governo federal convocou de volta o embaixador brasileiro em Tel Aviv. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, chamou o embaixador israelense no Brasil para uma conversa na tarde de segunda-feira (19/2).

Nesta terça-feira (20/2), uma conta oficial do Estado de Israel, no X, acusou o chefe do Executivo de negar o Holocausto. O perfil respondeu a uma postagem perguntando “o que vem a mente quando pensa no Brasil?” com: “Antes ou depois de Lula negar o Holocausto?”.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel é responsável por administrar o perfil, como diz na própria conta.

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