Pílulas contra Covid da Pfizer não têm data para chegar ao Brasil
Farmacêutica iniciou negociações com o Ministério da Saúde para venda de medicamentos, mas ainda não solicitou registro junto à Anvisa
atualizado
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O antiviral Paxlovid contra a Covid-19, fabricado pela farmacêutica Pfizer, não tem data para chegar ao Brasil. O pedido para uso emergencial do remédio ainda não foi submetido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e não há prazo para o envio da solicitação.
A empresa realizou uma reunião com técnicos da Anvisa, em 19 de janeiro, para debater a pré-submissão do produto à análise da agência. Porém, durante o encontro, não houve decisão sobre a formalização do pedido.
Conforme revelou o Metrópoles, a farmacêutica e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento para a rede de saúde brasileira. No entanto, o acordo somente poderá ser firmado após a aprovação da Anvisa.
De acordo com a Pfizer, a pílula antiviral tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus.
Covid-19: o que se sabe sobre a variante Ômicron até o momento:
O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da Covid-19 para quadros graves.
Caso a agência reguladora permita o uso emergencial do remédio, o Ministério da Saúde poderá recomendar que a pílula seja utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) sem a necessidade de análise prévia pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec).
Se a autorização concedida pela Anvisa for para registro definitivo, a incorporação do medicamento ao SUS deverá, no entanto, ser avaliada pelo plenário da Conitec.
Ainda não há estimativa de valor do investimento brasileiro, porque tudo depende do volume a ser adquirido e das negociações com o laboratório. A princípio, os remédios dessa compra serão destinados às unidades do SUS, não à rede particular de farmácias e hospitais.
Benefícios
De acordo com comunicado divulgado pela Pfizer em dezembro de 2021, análises intermediárias de um estudo em andamento com voluntários adultos apontaram redução de 70% nas hospitalizações e nenhuma morte no grupo tratado com o remédio, em comparação ao que recebeu placebo.
Além disso, de acordo com a Pfizer, os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O remédio tem uso autorizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em diversas regiões da Europa.