metropoles.com

Piloto do avião de Lula pediu bombeiros antes de pousar no México

Aeronave presidencial teve pane e precisou voar em órbita para dispensar combustível e assim ter condições para o pouso

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Em foto colorida, o avião presidencial do Brasil, um Airbus A319
1 de 1 Em foto colorida, o avião presidencial do Brasil, um Airbus A319 - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O piloto do avião presidencial que ficou horas no ar para se desfazer de combustível após pane pediu a presença de bombeiros na pista antes de pousar a aeronave nesta terça-feira (1º/10), na Cidade do México. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, estava a bordo do VC-1, que havia decolado para retornar ao Brasil.

A aeronave do presidente Lula ficou cerca de 5 horas realizando voos orbitais sobre a Cidade do México a fim de gastar combustível e chegar ao peso-limite de aterrissagem e, assim, poder retornar ao aeroporto local, de onde havia decolado.

A informação da solicitação de socorro foi registrada na comunicação entre a equipe de cabine da aeronave e a torre de comando do Aeroporto Felipe Ángeles, na Cidade do México. A torre respondeu afirmativamente à solicitação, indicando que equipes de resgate estariam a postos para a aterrissagem.

O pouso foi feito em segurança às 22h16, horário de Brasília, conforme informou a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio de nota. A FAB adiantou que o presidente fará a troca de aeronave para que retorne a Brasília, ainda nesta terça.

A pane que o avião presidencial VC-1 apresentou é considerada “complexa” e “requer uma melhor averiguação”. A opinião é do especialista em segurança de voo e Direito Aeronáutico Hilton Rayol.

O profissional afirmou ao Metrópoles que a decisão de retornar parte da equipe de cabine, após análise sobre as condições da situação.

“Quando você decola e tem uma pane, a gente fala em gerenciamento do risco. A análise do risco que foi feita é de uma pane complexa. Então, os pilotos decidiram que a melhor maneira era retornar, ou seja, não daria para prosseguir. (…) É uma pane que requer uma melhor averiguação”, explica Rayol.

As órbitas de voo que são realizadas gastam combustível de duas maneiras. A primeira é pelo funcionamento dos motores. A segunda, explicou Rayol, é o alijamento de combustível. Os pilotos possuem um botão pelo qual conseguem dispensar o combustível no ar. “Isto tem de ser feito em uma área de segurança”, completa Rayol.

A coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, apurou que uma ave teria colidido com um dos motores da aeronave e isso teria ocasionado a necessidade de retorno.

O avião presidencial é um Airbus A319, com 35,8 metros (m) de envergadura e 33,84 m de comprimento. O peso máximo de decolagem é 76,5 toneladas, e a aeronave pode voar a 985 km/h, em uma altura de 12,5 mil metros.

Nota

A FAB divulgou, por meio de nota, que houve um “problema técnico após a decolagem”, sem detalhar a questão. “Realizados, com sucesso, os procedimentos de segurança para solução do problema apresentado, os pilotos aguardam o consumo de combustível necessário para retornarem ao mesmo aeródromo da decolagem”, diz trecho do comunicado.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?