Picape seminovas: conheça as que mais (ou menos) se valorizaram
Preços e variações de sete modelos foram analisados pela Mobiauto. Há resultados curiosos, dependendo da versão escolhida
atualizado
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A Mobiauto, start-up do segmento automotivo, fez uma pesquisa em sua base de dados nesta semana para verificar o comportamento de preços das picapes de médio/grande porte do Brasil. A equipe encontrou um resultado curioso: dos sete modelos verificados no levantamento (Chevrolet S10, Fiat Toro, Ford Ranger, Mitsubishi L200, Nissan Frontier, Toyota Hilux e VW Amarok), cinco deles colocaram versões entre as dez mais valorizadas e as dez mais depreciadas do país. As exceções foram a Amarok e a Ranger. Em suma: comprar uma picape seminova (2020 e 2021) no mercado brasileiro pode significar um mau ou um bom negócio – vai depender da versão escolhida.
“Esse tipo de minúcia só aparece quando você possui um banco de dados gigantesco para apurar as ofertas e as demandas, mas principalmente quando você utiliza a inteligência de um time de Estatística para interpretar o comportamento do mercado. Estou muito orgulhoso do nosso time. Imagine o que essa pesquisa vai ajudar a orientar os donos de picapes”, revelou Sant Clair Castro Jr, consultor automotivo e CEO da Mobiauto.
A Mobiauto, do Banco Pan, utilizou sua base de dados para pesquisar as unidades seminovas (modelo 2020 e modelo 2021) dessas picapes, apanhando as cotações médias de versões a diesel e flex apuradas entre junho e agosto de 2021 versus o mesmo período deste ano.
Na média geral, as caminhonetes valorizaram 3,47% em um ano
O mais curioso após a aferição das variações de preços foi, de fato, a presença de algumas versões de S10, Toro, L200, Frontier e Hilux entre as mais valorizadas e as que mais perderam cotações. E isso nem está relacionado diretamente ao combustível. A S10 a gasolina tem uma versão, a 2.8 CTDI LT 4WD cabine dupla, modelo 2021, que foi a quinta picape que mais valorizou no país, com alta de 9,37% em um ano. Em compensação, a 2.5 Ecotec LTZ 4WD cabine dupla 2020 anotou o quinto pior resultado de toda a pesquisa, com queda de 2,35%.
“Se entrarmos no detalhe do comportamento de preços de cada picape que mais valorizou, e as que mais perderam preços, vamos encontrar vários motivos: algumas versões tiveram vendas acentuadas para frotistas, que acabaram despejando grandes volumes de seminovas de uma só vez – e isso reduziu os preços”, avalia Sant Clair Castro Jr.
Para explicar as altas, ele diz que a falta de modelos 0km acentuou a valorização de outras versões, o que explica os percentuais mais elásticos.
“O fato é: o comprador precisa consultar a tabela e apurar caso a caso as versões que são os melhores negócios”
Sant Clair Castro Jr, consultor automotivo e CEO da Mobiauto.
De uma forma geral, apanhando a média de valorização de todas as versões, a Toyota Hilux 2020 flex sagrou-se vencedora: 10,69% de alta no último ano. Mitsubishi L200 Triton a diesel e Chevrolet S10 flex, ambas 2021, aparecem em seguida, praticamente empatadas: 8,60% e 8,59%, respectivamente. Veja todos os dados na tabela em anexo.
Selo de valor de revenda
Com um índice de 9,8% de valorização, depois de um ano de uso, o Fiat Strada foi o veículo melhor avaliado na 9ª edição do Selo Maior Valor de Revenda – Autos, da Agência Autoinforme, em parceria com a Textofinal de Comunicação, que este ano contou com 18 categorias e o campeão geral.
Com exceção de um modelo, todos os demais vencedores obtiveram índices positivos, apesar da realidade adversa do mercado interno brasileiro por conta da falta de veículos 0 km, provocada por desabastecimento de insumos (semicondutores, em especial) e, na outra ponta, a valorização de veículos seminovos, devido à elevada demanda.
“No ano passado, registramos que, dos 126 modelos pesquisados, 101 anotaram índices de valorização e apenas 25 obtiveram índices de depreciação. Este ano, com 119 modelos analisados, 78 obtiveram índices positivos e 41 negativos. À época, já afirmávamos que se tratava de um período muito atípico do mercado secundário de veículos seminovos”, explica Joel Leite, idealizador da certificação.
Dezoito modelos foram contemplados pelo Selo Maior Valor de Revenda – Autos 2022 em suas categorias.
Confira
Veículo de entrada: Fiat Mobi (valorização de 8,6%)
Hatch compacto: Chevrolet Onix (valorização de 7,4%)
Hatch médio: Chevrolet Cruze Sport (valorização de 3,6%)
Elétrico acima de R$ 300 mil: Audi e-Tron (valorização de 0,4%)
Híbrido até R$ 500 mil: Toyota Corolla Hybrid (valorização de 4,4%)
Híbrido acima de R$ 500 mil: Volvo XC90 (valorização de 1,7%)
Minivan: Chevrolet Spin (valorização de 4,1%)
Picape pequena: Fiat Strada (valorização de 9,8%)
Picape compacta: Renault Duster Oroch (valorização de 4,9%)
Picape média: Chevrolet S10 (valorização de 9,6%)
Sedã de entrada: Hyundai HB20B (valorização de 5,2%)
Sedã compacto: Volkswagen Virtus (valorização de 6,7%)
Sedã médio: Toyota Corolla (valorização de 6,7%)
SUV de entrada: Volkswagen Nivus (valorização de 6%)
SUV compacto: Caoa Chery Tiggo 5X (valorização de 4,7%)
SUV médio: Porsche Macan (valorização de 9,%)
SUV grande: Jeep Commander (valorização de 6,1%).
Elétrico de até R$ 300 mil: Renault Zoe (depreciação de 0,2%)