“Picanha mito”: mulher que morreu após tumulto ia para festa da mãe
Segundo o irmão, a mulher tinha aproveitado a promoção da picanha por R$ 22 em Goiás para o aniversário de 71 anos da mãe
atualizado
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A mulher que morreu após passar mal durante tumulto na porta de um frigorífico em Goiânia (GO) tentou comprar carnes mais baratas para comemorar o aniversário de 71 anos da mãe, contou o irmão ao G1. No último domingo (2/10), dia de eleições, a loja gerou confusão após anunciar uma promoção de “picanha mito” a R$ 22 o kg. O dono do frigorífico é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Muito triste. Inclusive, a carne era para celebrar o aniversário da nossa mãezinha”, disse o irmão, que não quis se identificar.
O marido da vítima, que é bombeiro aposentado, disse que ela já tinha problemas circulatórios e que acabou sendo espremida na porta do frigorífico. Por isso, decidiu esperar pelo marido no carro.
No entanto, quando o homem voltou, percebeu que a perna da esposa estava muito inchada e ela reclamava muito de dor. O casal voltou para casa e, após algumas horas, a mulher foi levada ao hospital para receber atendimento médico.
A vítima foi transferida para uma unidade hospitalar especializada em angiologia, mas o problema era vascular e ela não resistiu.
Promoção foi suspensa pela Justiça
O valor original do produto é de R$ 129,99 o kg. Um vídeo registrado no local na tarde do dia das eleições mostra o tumulto na porta do estabelecimento.
A publicidade, que usava a imagem do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), estabelecia que a oferta seria válida apenas para quem estivesse com a “camiseta do Brasil”. Posteriormente, a promoção foi suspensa pela Justiça.