PGR vai apurar supostos pagamentos da JBS ao advogado Frederick Wassef
Segundo revista, Augusto Aras teria recebido pedido do presidente Jair Bolsonaro para se reunir com advogado
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou uma notícia de fato para apurar informações veiculadas, nesta quinta-feira (20/8), a respeito de supostos pagamentos feitos pela JBS ao advogado Frederick Wassef, entre 2015 e 2020.
No procedimento, serão solicitadas informações ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro que, conforme a revista Crusoé, identificou as transações por meio de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Segundo a PGR, “uma eventual irregularidade poderá reforçar os indícios de omissão nos acordos de colaboração premiada dos executivos da companhia”.
Os acordos de colaboração foram firmados com a PGR em 2017 e a rescisão aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Augusto Aras, já se manifestou em documentos enviados à Corte pela rescisão dos acordos.
“O procurador-geral da República afirma que não recebeu solicitação de nenhuma natureza por parte do presidente da República, e desconhece supostos telefonemas do presidente para qualquer membro do MPF”, diz nota da PGR.
Entenda
O caso foi divulgado pela revista “Crusoé“. Wassef teria recebido R$ 9 milhões da JBS e tentado atuar junto à Procuradoria.
Segundo a revista, o presidente Jair Bolsonaro teria pedido diretamente ao procurador-geral da República, Augusto Aras, para receber Wassef, a fim de tratar com o advogado do acordo de colaboração da JBS, que tramita no Supremo.