PGR soube pela imprensa que André do Rap era chefe do PCC
Caso chegou à Procuradoria-Geral da República na terça (6/10), porém, o órgão só se manifestou no sábado (10/10), quando Aras viajou
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) soube pela imprensa que André de Oliveira Macedo era André do Rap, um dos principais líderes do PCC. O caso chegou ao órgão na terça-feira (6/10), mas só houve manifestação do órgão no sábado (10/10), um dia após a ordem de soltura.
Ainda houve mais dois obstáculos, de acordo com reportagem da De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo: Augusto Aras realizava uma viagem particular e uma pane eletrônica fez com que o pedido de reconsideração da prisão levasse ainda mais tempo para chegar até o ministro Luiz Fux.
Humberto Jacques, vice-procurador, era o responsável pelo plantão da PGR e avisou o presidente do STF, na manhã de sábado, que entraria o quanto antes com a medida. Aras telefonou para Jacques solicitando urgência.
Porém, uma pane no sistema gerou uma demora e a petição demorou horas para entrar no site da corte. De acordo com as regras do STF, as manifestações envolvendo habeas corpus só podem ser realizadas de maneira eletrônica e não em papel, o que teria facilitado o processo, já que estava pronto.
A PGR não foi ouvida antes da decisão do ministro Marco Aurélio Mello, responsável por determinar a soltura do traficante. O magistrado se defendeu alegando que aguardar um posicionamento da Procuradoria-Geral tiraria o caráter de urgência que tinha o pedido da defesa.
De acordo com dados da Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo, André do Rap foi solto às 11h50 de sábado. O presidente do STF revogou a decisão de Mello no mesmo dia em que o traficante saiu do presídio, porém André já teria fugido para o Paraguai.
O chefe do PCC segue foragido e foi inserido na lista de procurados do Ministério da Justiça e também entrou na lista da Interpol.