metropoles.com

PGR: representantes do X no Brasil devem explicar conduta de Elon Musk

Em meio a embate com a rede, PGR disse ao STF ser “pertinente que os representantes legais da rede X no Brasil sejam ouvidos”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rosinei Coutinho/SCO/STF
O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet
1 de 1 O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet - Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou após a escalada do embate entre o bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter), e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PGR disse ao Supremo ser “pertinente que os representantes legais da rede X no Brasil sejam ouvidos para esclarecer se Elon Musk detém, nos temos dos estatutos da empresa, atribuição para determinar a publicação de postagens na rede referida e se o fez, efetivamente, com relação a perfis vedados por determinação judicial brasileira em vigor”.

Em manifestação assinada pelo procurador-Geral da República, Paulo Gonet, a linha de entendimento é para que a rede seja ouvida “para que possam dizer se a empresa realizou algum levantamento do bloqueio de perfil até agora suspenso por determinação judicial”.

“Se isso ocorreu, que informem quem é competente para tanto no âmbito da empresa determinou o ato. Da mesma forma, se houve levantamento do bloqueio determinado por ordem judicial em vigor, que informem quais os perfis proscritos que voltaram a se tornar operantes”, pediu o PGR. Após os pedidos de informações, a PGR requer a concessão de novas vistas para manifestação.

Decisões

A manifestação se dá no inquérito das milícias digitias, que é analisado no STF sob relatoria de Alexandre de Moraes. Nesta terça-feira (9/4), o ministro negou pedido da rede social X no Brasil para responsabilizar apenas a X internacional, sob alegação de não ter controle das decisões judiciais da empresa.

Na decisão, Moraes destacou que o pedido do X no Brasil “beira a litigância de má-fé”.

A decisão se deu em meio ao embate entre Elon Musk, CEO da rede social, e o próprio ministro. O bilionário chegou a ameaçar não cumprir determinações da Justiça brasileira e criticar diretamente o magistrado, o chamando de “ditador brutal”.

O ministro não concordou com a argumentação do escritório do X no Brasil, que alegou não ter controle de decisões judiciais dentro da empresa. “É evidente que, por meio da sociedade em questão, a rede social inicialmente conhecida por Twitter, depois designada por X, busca adequar-se ao ordenamento jurídico brasileiro, para fins de consecução de seus objetivos – especialmente financeiros”, destaca Moraes.

De acordo com o magistrado, não há “dúvidas da plena e integral responsabilidade jurídica, civil e administrativa da X Brasil Internet Ltda., bem como de seus representantes legais, inclusive no tocante a eventual responsabilidade penal, perante a Justiça brasileira”.

Para Moraes, a alegação de não ter influência nas decisões da empresa “revela certo cinismo” do X no Brasil. Isso porque, segundo ele, a empresa “constitui elo indispensável para que a rede social, desenvolvida no exterior, atinja adequadamente seus propósitos no Brasil. E, como explicitamente revela seu estatuto, isso envolve a promoção da ferramenta, bem como aspectos relacionados a seus objetivos econômicos (comercialização e monetização)”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?