PGR rebate críticas de ONG e diz que Bolsonaro não interferiu no órgão
Em relatório, a Transparência Internacional disse que a PGR foi “neutralizada” durante governo Bolsonaro e se omitiu em casos de corrupção
atualizado
Compartilhar notícia
Em nota divulgada nesta terça-feira (31/1), a Procuradoria Geral da República (PGR), que está sob o guarda-chuva do Ministério Público Federal (MPF), rebateu críticas feitas pela Transparência Internacional que apontaram negligência do órgão no combate à corrupção durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O MPF garante que o órgão não sofreu interferência do ex-presidente e reage às acusações da entidade internacional, que seriam “ilações e conclusões não respaldadas em fatos ou números concretos”.
“Os dados da atuação do MPF demostram que o trabalho de combate à corrupção realizado pelo órgão não sofreu qualquer redução nos últimos anos, muito menos interferência. Ao contrário: houve esforço permanente para institucionalizar a atuação na temática, respeitando critérios legais de designação, duração das atuações conjuntas e respeito ao devido”, afirma o MPF na nota.
A Transparência Internacional publicou nesta terça o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), o principal índice do mundo sobre o tema. Segundo a instituição, o Brasil “teve uma década perdida” no combate à corrupção, caindo 25 posições e 5 pontos no ranking desde 2012.
O relatório produzido pela Transparência Internacional diz que “a neutralização da Procuradoria-Geral da República foi essencial para que Bolsonaro e seus aliados fossem blindados durante o governo do ex-presidente.
No comunicado do MPF, o órgão garante que o procurador-geral da República, Augusto Aras, atuou para ampliar a prestação de contas e transparência do trabalho “desde o início da gestão”.