PGR quer investigação de Quaquá por tapa em deputado bolsonarista
Solicitação foi encaminhada ao STF e pede que o deputado Quaquá dê “informações que julgar pertinentes acerca dos fatos noticiados”
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito contra o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ) por ter dado um tapa no rosto do colega Messias Donato (Republicanos-ES) e agredido verbalmente outros políticos, durante uma sessão do Congresso, em dezembro passado.
À época, Donato chegou a registrar um boletim de ocorrência e afirmou ter sido vítima de injúria real, que ocorre quando, para ofender ou desrespeitar alguém, o ofensor utiliza violência ou vias de fato.
A briga ocorreu em 20 de dezembro de 2023 durante sessão no Congresso Nacional que discutia a promulgação da reforma tributária no plenário da Câmara. Momentos antes da agressão, parlamentares da base e da oposição discutiram. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava presente.
Um vídeo registrou o momento em que Quaquá dá um tapa no rosto de Messias Donato.
Veja:
De acordo com a solicitação da PGR, o deputado do PT ainda proferiu “vários xingamentos, dentre estes, ‘seus viadinhos’ e ‘vai tomar no cu’, direcionados à bancada dos deputados de direita”.
Ainda segundo o texto, a agressão ocorreu quando Donato “tentava intervir para pacificar a situação”. O texto revela que o republicano havia feito um “procedimento na região onde sofreu o tapa, dois dias antes do fato”.
Em nota, divulgada à época do episódio, Quaquá alegou que a “reação foi desencadeada por uma agressão anterior”.
“O deputado proferia ofensas contra o presidente da República quando liguei a câmera do celular com a intenção de produzir prova para um processo. Fui então empurrado e tive o braço segurado para evitar a filmagem. Nunca utilizo a violência como método, mas não tolero agressões verbais ou físicas da ultradireita, e sempre reagirei para me defender. Bateu, levou”, ressaltou Quaquá.
Solicitação de inquérito
No documento, além de pedir abertura de um inquérito contra o deputado federal Washington Quaquá, a PGR solicita a preservação do vídeo publicado no YouTube, “pelo risco de que pereçam a qualquer momento” e que o “deputado federal Washington Luiz Cardoso Siqueira preste as informações que julgar pertinentes acerca dos fatos noticiados, no prazo de 15 (quinze) dias”.