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PGR pede ao STF que anule investigação contra empresários bolsonaristas

Lindôra Maria de Araújo recorreu de decisão contra donos de empresas acusados de defender um golpe de Estado, caso Bolsonaro perca eleições

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Reprodução/TV Globo
PF faz operação para investigar vacinação ilegal de empresários em MG
1 de 1 PF faz operação para investigar vacinação ilegal de empresários em MG - Foto: Reprodução/TV Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira (9/9), que anule e tranque investigações contra oito empresários apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), acusados de defender abertamente um golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito em outubro, derrotando o atual presidente. O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.

A vice-procuradora-geral, Lindôra Maria de Araújo, que assina o documento, considerou que os empresários foram alvo de medidas cautelares sem o prévio conhecimento e manifestação do Ministério Público.

A partir de pedido da Polícia Federal, Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da rede de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii, sofreram busca e apreensão, afastamento de sigilos bancário e telemático, além de terem as contas bloqueadas.

A PGR ainda considerou que houve ausência de competência do relator para analisar o caso; falta de requisitos previstos em lei que autorizam as medidas, desproporcionalidade; carência de justa causa e atipicidade das condutas narradas; e ilicitude das provas coletadas constrangimento ilegal.

Operação

A Polícia Federal fez operação em 23 de agosto contra o grupo de empresários investigados por defenderem um golpe de Estado. A corporação cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Ceará.

As medidas judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. Além dos mandados de busca, Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias e das redes sociais dos investigados e pediu a quebra de sigilo financeiro.

A defesa explícita de um golpe, feita por alguns integrantes, soma-se a uma postura comum a quase todos: ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a quaisquer pessoas ou instituições que se oponham a Bolsonaro.

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