PGR muda pedido e agora quer saber se acusados por 8/1 seguem Bolsonaro
Em pedido anterior, PGR queria que as plataformas enviassem uma lista com os dados de todos os seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro
atualizado
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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (24/7) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que solicite às redes sociais informações sobre possível vínculo entre os 244 denunciados por participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e os perfis do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas plataformas.
Além disso, a PGR também quer informações sobre publicações dos envolvidos na manifestação. A procuradoria deseja saber se os suspeitos compartilharam conteúdo contra as eleições de 2022, que deram a vitória ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e se pediram intervenção militar.
O pedido assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos foi apresentado em um dos inquéritos abertos no STF que investigam os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A solicitação substitui o último pedido apresentado pela PGR em 17 de julho, em que demandou a lista completa dos seguidores dos perfis do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais.
Bolsonaro pede que STF negue pedido da PGR sobre dados de seguidores
O Ministério Público Federal argumentou que não havia interesse em investigar os seguidores do ex-chefe do Executivo. De acordo com o MPF, o objetivo era realizar um mapeamento sobre o alcance de postagens de Bolsonaro com informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Segundo pontuou o subprocurador-geral, no primeiro pedido foram solicitados apenas os dados de identificação dos usuários, “embora o Marco Civil da Internet autorize a requisição também da filiação e o endereço dessas pessoas”.
Ato antidemocrático
Ao todo, o STF tornou réu 1.290 acusados de participar dos atos antidemocráticos. Aproximadamente 250 pessoas ainda continuam presas em decorrência da manifestação. O ministro Alexandre de Moraes é o relator dos casos na Suprema Corte.