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PGR é contra incluir petistas em inquérito de milícias digitais

Deputados de oposição a Lula tentaram incluir petistas e influencers em inquérito das milícias digitais, mas PGR não vê provas de acusações

atualizado

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Andressa Anholete/SCO/STF
STF Paulo Gonet
1 de 1 STF Paulo Gonet - Foto: Andressa Anholete/SCO/STF

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet Branco, se manifestou contra o pedido para incluir petistas e influencers no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF). A solicitação foi feita por deputados de oposição a Lula (PT), que alegaram a existência de uma “organização criminosa instalada na estrutura da Presidência da República, voltada a promover desinformação e atacar opositores do atual governo”.

Esse entendimento, no entanto, não foi sustentado por provas razoáveis, segundo o PGR. A representação no órgão é dos deputados federais Filipe Barros (PL-PR) e Bia Kicis (PL-DF), contra figuras da base do governo, como Paulo Pimenta, atual titular da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Laércio Portela, secretário de Comunicação Social da Presidência da República, e Jilmar Tatto, deputado federal e secretário nacional de Comunicação do PT.

Os parlamentares afirmaram que a suposta organização criminosa seria composta por servidores da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, integrantes da equipe de comunicação do PT, funcionários do Instituto Lula, agências de comunicação prestadoras de serviços ao partido, representantes das lideranças do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, além de influenciadores digitais.

Entre os influencers, Thiago dos Reis Pereira foi citado pela representação da oposição.

O indeferimento do pedido pela PGR cita, no entanto, que a realização de reuniões diárias para alinhamento da comunicação do governo federal, procedimento apontado pelos parlamentares como modus operandi da organização, “é compatível com a rotina ordinária de trabalho de uma pasta dedicada à comunicação social do governo, como é a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República”.

“A representação sob análise não aponta fato minimamente individualizado que justifique a adoção de providências penais”, escreve Gonet. Ele também ressalta que a suposta divulgação e propagação de conteúdos depreciativos, ofensivos e falsos contra quem é contra o governo Lula “não está minimamente demonstrada”.

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