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PGR abre ação preliminar contra Bolsonaro por reunião com embaixadores

A equipe técnica da PGR vai investigar a conduta do presidente durante encontro com diplomatas de 40 países, no qual ele atacou as urnas

atualizado

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Clauber Cleber Caetano/PR
Jair Bolsonaro em apresentação para embaixadores
1 de 1 Jair Bolsonaro em apresentação para embaixadores - Foto: Clauber Cleber Caetano/PR

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu apuração preliminar, nesta quarta-feira (24/8), a fim de investigar possíveis crimes na conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) em acusações contra o sistema eleitoral, durante encontro com embaixadores, realizado em Brasília. A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, determinou que a investigação verifique indícios de crime do mandatário.

Em 18 de julho, durante o encontro com embaixadores de cerca de 40 países, Bolsonaro voltou a lançar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro de urnas eletrônicas. Por mais de 45 minutos, o chefe do Executivo federal também criticou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e afirmou que seu governo está empenhado em apresentar uma “saída” para as eleições deste ano.

Nesta quarta-feira (24/8), a vice-procuradora-geral se pronunciou dentro de pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).  Para Lindôra Araújo, não cabe ainda a abertura de um inquérito contra o presidente. A manifestação da PGR é para que, enquanto durarem as apurações preliminares, o pedido de investigação deve ser arquivado.

Informações falsas

Também nesta quarta, o ministro Mauro Campbell, do TSE, determinou que a TV Brasil e as redes sociais retirem do ar o vídeo da reunião do presidente com embaixadores,

Segundo Campbell, “o material veiculado em mídias sociais, em razão da proximidade do pleito, poderia, ainda, caracterizar meio abusivo para obtenção de votos, com o aumento da popularidade do representado, potencializada pelo lugar de fala por ele ocupado”.

“Há risco evidente de irreversibilidade do dano causado ao representante e à própria Justiça Eleitoral, no que tange à confiabilidade do processo eleitoral, em razão da disseminação de informações falsas, relativamente ao sistema de votação e totalização de votos, adotado há mais de vinte anos por este Tribunal”, escreveu o ministro.

Em 10 de agosto, o YouTube decidiu derrubar o vídeo da live que Jair Bolsonaro fez em 18 de julho com embaixadores. A remoção, segundo a plataforma confirmou à coluna de Guilherme Amado, ocorreu devido a uma atualização na política de integridade eleitoral do YouTube.

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