metropoles.com

Pfizer pede à Anvisa uso emergencial de pílulas contra Covid

Farmacêutica e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento para a rede de saúde brasileira

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
MSD/Reprodução
molnupiravir-MSD-covid19-antiviral
1 de 1 molnupiravir-MSD-covid19-antiviral - Foto: MSD/Reprodução

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta quarta-feira (16/2), o pedido de uso emergencial para uso das pílulas antivirais Paxlovid, fabricadas pela farmacêutica Pfizer.

Conforme revelou o Metrópoles, a farmacêutica e o Ministério da Saúde iniciaram negociações para avaliar a compra do medicamento para a rede de saúde brasileira. No entanto, o acordo somente poderá ser firmado após a aprovação da Anvisa.

De acordo com a Pfizer, a pílula antiviral tem 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações e mortes de pacientes de alto risco contaminados pelo novo coronavírus.

Segundo a Anvisa, as primeiras 24 horas de análise serão usadas para “fazer uma triagem no processo e verificar se os documentos necessários estão disponíveis”. Caso haja informações pendentes, a agência reguladora poderá solicitá-las ao laboratório.

O órgão tem 30 dias para avaliar o uso emergencial e temporário do remédio. A última reunião realizada entre a Pfizer e a Anvisa ocorreu em 19 de janeiro, para alinhar informações de pré-submissão do pedido.

Compra das pílulas

Em meio ao avanço de casos positivos de Covid-19 no Brasil, motivado pela disseminação da variante Ômicron, o Ministério da Saúde avalia a possibilidade de comprar a pílula antiviral Paxlovid contra o coronavírus, fabricada pela Pfizer.

No entanto, ainda não há previsão de quando o país receberia doses do remédio nem do quantitativo de pílulas que poderiam ser enviadas ao Brasil.

Caso a Anvisa permita o uso emergencial do remédio, o Ministério da Saúde poderá recomendar que a pílula seja utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) sem a necessidade de análise prévia pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias ao SUS (Conitec).

No entanto, se a autorização concedida pela Anvisa for para registro definitivo, a incorporação do medicamento ao SUS deverá ser avaliada pelo plenário da Conitec. Ainda não há estimativa de valor do investimento brasileiro, porque tudo depende do volume a ser adquirido e das negociações com o laboratório.

Conheça os novos tratamentos para a Covid

12 imagens
Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar
No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar
O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica
O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem
Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais
1 de 12

Os tratamentos para a Covid-19 podem variar conforme o quadro apresentado. Em casos mais leves, onde há presença de dores musculares, dor na cabeça, perda do paladar ou do olfato, tosse intensa e febre, repouso e o uso de certos medicamentos podem auxiliar no alívio dos sintomas

MSD/Reprodução
2 de 12

Em casos mais graves, em que o paciente possui dificuldade para respirar ou apresenta dor no peito, é necessário realizar tratamento hospitalar

Morsa Images/ Getty Images
3 de 12

No Brasil, alguns medicamentos foram autorizados pela Anvisa como tratamento para a Covid-19. Um deles é o baricitinib, fortemente recomendado para pacientes com quadros graves da infecção, pois aumenta a probabilidade de sobrevivência às complicações que o coronavírus pode causar

Rafaela Felicciano/Metrópoles
4 de 12

O medicamento age diminuindo os danos causados pelo coronavírus nas células e diminui inflamações. É fornecido na forma de comprimidos de 2 mg ou 4 mg e deve ser utilizado somente com prescrição médica

Aitor Diago/ Getty Images
5 de 12

O anticorpo monoclonal sotrovimab é outro medicamento autorizado pela agência reguladora como tratamento para a Covid-19. No entanto, ele é indicado apenas para quadros leves da doença e deve ser utilizado quando os primeiros sintomas se manifestarem

Paul Bradbury/ Getty Images
6 de 12

Segundo a farmacêutica GSK, o sotrovimabe é eficaz contra mutações do coronavírus, assim como as que caracterizam a variante Ômicron. O remédio é injetável e de uso restrito a hospitais

EThamPhoto/ Getty Images
7 de 12

A dexametasona, um corticoide, é outro tratamento autorizado. Segundo estudos, o medicamento é indicado para pacientes com quadros graves. Ele é capaz de reduzir a mortalidade apenas quando o uso de oxigênio é necessário

Jackyenjoyphotography/ Getty Images
8 de 12

Apesar de ser indicado por órgãos de saúde, o corticoide não deve ser utilizado sem orientação médica, pois pode piorar o quadro clínico se usado precocemente

Nitat Termmee/ Getty Images
9 de 12

A Anvisa também concedeu permissão para a utilização do coquetel de anticorpos REGN-COV. O tratamento é indicado para pessoas que estão apresentando os primeiros sintomas da doença e não precisam de internação, mas que possuem risco maior de desenvolver quadros graves

Yulia-Images/ Getty Images
10 de 12

Para o uso do coquetel, que contém dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe, é necessário prescrição médica. Ele é aplicado via infusão intravenosa e, segundo a fabricante, reduz em até 70% o risco de hospitalização ou morte. Em casos graves, o medicamento não deve ser utilizado, pois pode piorar o quadro

FG Trade/ Getty Images
11 de 12

Assim como os corticoides, os bloqueadores dos receptores de interleucina-6 também são indicados para tratar sintomas graves da Covid-19, pois reduzem a morte pela doença. No entanto, para a utilização do medicamento é necessário prescrição médica, pois o uso indevido pode piorar o quadro do paciente

Morsa Images/ Getty Images
12 de 12

Todos os medicamentos autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária são de uso restrito hospitalar e são tratamentos para pessoas que estão com coronavírus. Até o momento, nenhum remédio se mostrou eficaz para prevenir a infecção pela doença

Geber86/ Getty Images

Benefícios

O medicamento deve ser tomado por cinco dias, logo após os primeiros sintomas da doença. O efeito da pílula bloqueia a replicação do vírus e impede a evolução da Covid-19 para quadros graves.

De acordo com comunicado divulgado pela Pfizer em dezembro de 2021, análises intermediárias de um estudo em andamento com voluntários adultos apontaram redução de 70% nas hospitalizações e nenhuma morte no grupo tratado com o remédio, em comparação ao que recebeu placebo.

Além disso, de acordo com a Pfizer, os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

O remédio tem uso autorizado em países como Canadá, Reino Unido, Estados Unidos e em diversas regiões da Europa.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?