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Pfizer nega ter vendido vacinas fora do PNI a empresários e políticos

Grupo de 50 pessoas tomou primeira dose do imunizante por contra própria e escondido, em Belo Horizonte (MG). Cada um teria pago R$ 600

atualizado

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vacina pfizer começa a vacinar os americanos na segunda dia 14
1 de 1 vacina pfizer começa a vacinar os americanos na segunda dia 14 - Foto: Nicolas Economou/NurPhoto via Getty Images

A empresa farmacêutica Pfizer negou ter vendido vacinas contra a Covid-19 fora do âmbito do Programa Nacional de Imunização (PNI). A manifestação foi feita após a revista Piauí informar que empresários e políticos de Belo Horizonte (MG) tomaram o imunizante por conta própria, escondidos.

“A Pfizer e a BioNTech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao longo de 2021″, diz a nota.

De acordo com a revista, os organizadores da vacinação foram os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur. As doses teriam sido aplicadas dentro da garagem de uma das empresas do grupo.

As vacinas beneficiaram cerca de 50 pessoas e as doses foram aplicadas após uma compra por iniciativa própria, sem repassar ao Sistema Único de Saúde (SUS). Já a segunda dose está prevista para daqui a 30 dias. As duas doses custaram a cada pessoa R$ 600.

Entre os agraciados pela vacinação, está o ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT). “Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”, informou o político.

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Lei que autoriza a compra de vacinas

Há cerca de 20 dias, o Congresso Nacional aprovou uma lei que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada, mas a obriga a doar ao SUS todas as doses até que os grupos de risco, 77,2 milhões de pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde, tenham sido plenamente imunizados em todo o país.

As vacinas compradas pela iniciativa privada também devem ser divididas meio a meio com o SUS, numa operação fiscalizada pelo ministério. A pasta foi procurada, mas ainda não respondeu ao questionamento da reportagem.

O projeto teve tramitação a jato no Congresso e, em uma semana, foi aprovado nas duas Casas. Dias depois, o presidente Jair Bolsonaro o sancionou. Até o momento, o Brasil vacinou menos de 15 milhões de pessoas.

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