Pfizer cobra R$ 1 bilhão a mais do Brasil para segundo contrato
Doses chegarão entre julho e outubro de 2021 para conter novas variantes
atualizado
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A Pfizer definiu um custo de US$ 12 por unidade de vacina para o Brasil, um aumento de 20% no preço do primeiro contrato. Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o governo federal “está na iminência de fechar novo acordo com a Pfizer de 100 milhões de doses”, o que totalizaria um valor de R$ 1 bilhão a mais do que o valor anterior.
As informações foram obtidas pelo Estadão, em uma nota técnica assinada por Laurício Cruz, diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da pasta.
A entrega do segundo lote deverá ser feita em duas etapas. Inicialmente, 30 milhões de doses deverão chegar ao país entre 1º de julho e 30 de setembro. Já o segundo lote terá previsão de chegada para o quarto trimestre, entre 1º de outubro e 31 de dezembro.
A nota técnica recomenda que o governo federal negocie o valor , mas que a compra seja feita, uma vez que doses de reforço poderão ser necessárias em função das mutações do vírus.
Hoje, a vacinação com a Pfizer está restrita às capitais pela logística complicada, que exige refrigeração em temperaturas muito baixas. Com o novo contrato, a nota ressalta a necessidade de compra de 183 congeladores para que o imunizante possa chegar em municípios do interior com mais de 100 mil habitantes.
Com uma faixa de lucro média na faixa de 20%, a Pfizer tem cobrado preços diferentes para cada país. Para os Estados Unidos, por exemplo, o valor da dose ficou em US$ 19,50, enquanto a União Europeia pagou US$ 14,50.
Israel pagou um dos valores mais altos de US$ 23,50 por dose para receber o imunizante mais cedo e em maior escala. O país é o mais adiantado em relação à vacinação, com 1.24 bilhão de doses já aplicadas.