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Pfizer anuncia acordo com empresa brasileira para produção de vacina da Covid

A empresa Eurofarma tem sede em São Paulo e no Rio de Janeiro. De acordo com a Pfizer, serão produzidas 100 milhões de doses por ano

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Vacinação Pfizer no Rio
1 de 1 Vacinação Pfizer no Rio - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

As farmacêuticas Pfizer e BioNTech anunciaram, nesta quinta-feira (26/8), a assinatura de uma carta de intenção com o laboratório brasileiro Eurofarma, para a produção de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com a empresa, o objetivo é fabricar imunizantes para distribuição em toda a América Latina. Com sedes em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Eurofarma será responsável pelas atividades de fabricação, dentro da cadeia, e de fornecimento da vacina ComiRNAty.

As organizações ainda não informaram em qual sede da Eurofarma ocorrerá a fabricação dos fármacos. O projeto faz parte da extensão da Pfizer ao redor do globo: a empresa espera construir mais 20 laboratórios em diversos países, em quatro continentes.

De acordo com a Pfizer, as “atividades de transferência técnica, desenvolvimento no local e instalação de equipamentos começarão imediatamente” junto à Eurofarma.

A empresa brasileira receberá matéria-prima dos Estados Unidos, e a fabricação de doses prontas começará em 2022. A expectativa é que a produção anual chegue a 100 milhões de doses, que serão distribuídas exclusivamente na América Latina.

“Nossa nova colaboração com a Eurofarma expande nossa rede global de cadeia de suprimentos, ajudando-nos a continuar fornecendo acesso justo e equitativo à nossa vacina”, disse, em nota, Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

Atualmente, o Brasil tem fabricação própria de duas vacinas contra a Covid-19: a Coronavac, do Instituto Butantan, em São Paulo; e a AstraZeneca, produzida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

Incorporação ao SUS

A parceria com o laboratório brasileiro aponta para o uso da vacina Pfizer contra a Covid-19 em eventual campanha anual de imunização contra o coronavírus.

Isso porque o fármaco é um dos únicos com registro definitivo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, a vacina da Pfizer é uma das aprovadas pela Comissão Nacional de Inclusão de Tecnologia no SUS (Conitec) para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Na prática, a medida inclui o imunizante no rol de medicamentos do SUS, assim como outras vacinas que já fazem parte do sistema, como a da gripe, por exemplo. A fórmula desenvolvida pela AstraZeneca contra a Covid-19 também foi incorporada ao sistema.

“Estamos disponibilizando nossos melhores recursos em capacidade industrial, tecnologia e qualidade para este projeto, para que possamos cumprir o contrato com excelência e contribuir com o abastecimento do mercado latino-americano ”, disse Maurízio Billi, presidente da Eurofarma.

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Vacina contra a Covid-19
A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileira
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A miocardite (inflamação do coração) foi apontada por estudos como um dos efeitos colaterais após a vacinação com imunizantes de RNA, como Pfizer e Moderna. O evento é considerado muito raro

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Vacina contra a Covid-19

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A Pfizer foi pioneira nos estudos clínicos com pessoas mais jovens e a primeira empresa a pedir a aprovação da agência brasileira

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Contratos

Atualmente, o Brasil tem dois contratos assinados com a Pfizer/BioNTech. O primeiro deles, fechado em março, está em vigência e prevê a entrega de 100 milhões de doses. Desse quantitativo, 1 milhão chegou ao país em abril e outros 2,5 milhões em maio.

O segundo contrato, assinado em maio deste ano, também prevê 100 milhões de doses. No entanto, as vacinas só devem chegar ao país no último trimestre do ano.

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