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PF recupera machados de pedra com 500 anos que seriam vendidos na web

Casal achou três pedras polidas datadas de antes da descoberta do Brasil e tentaram vender por R$ 25 mil, o que é proibido por lei

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Peças machados arqueologicos goias
1 de 1 Peças machados arqueologicos goias - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

Goiânia – A Polícia Federal (PF) conseguiu recuperar três machados de pedra datados de antes da descoberta do Brasil, que estavam sendo oferecidos para venda pela internet por R$ 25 mil. Um casal de Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital goiana, era o responsável pela negociação.

Essas três peças arqueológicas foram entregues ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, após decisão judicial.

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Machados de antes do descobrimento do Brasil eram usados em atividades cotidianas
Pedras polidas serão levadas para museu
Material arqueológico foi encontrado em fazenda do Pará
Polícia Federal recuperou objetos arqueológicos que seriam vendidos na internet
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Casal tentou vender peças arqueológicas, mas prática é crime

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Machados de antes do descobrimento do Brasil eram usados em atividades cotidianas

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Pedras polidas serão levadas para museu

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Material arqueológico foi encontrado em fazenda do Pará

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Polícia Federal recuperou objetos arqueológicos que seriam vendidos na internet

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O casal contou para a PF que achou as três pedras polidas em um sítio da família no povoado de Castelo dos Sonhos, próximo ao município de Novo Progresso, no Pará, segundo relatou ao Metrópoles o delegado Sandro Paes Sandre.

Crime arqueológico

As peças foram apreendidas em 2014, depois de uma investigação que pesquisou minerais e artefatos arqueológicos vendidos na internet. Muita gente não sabe, mas vender artefatos desse tipo é um crime denominado “usurpação de patrimônio da união”.

“Todo material arqueológico no Brasil é de propriedade da União. Oriento as pessoas a procurar o Iphan e deixar a peça onde foi encontrada, quando achar esse tipo de material”, explicou ao Metrópoles o superintendente do Iphan em Goiás, Allyson Cabral.

O casal que tentou vender as peças chegou a ser indiciado pela PF, mas o Ministério Público Federal (MPF) pediu o arquivamento do caso, pois entendeu que não houve intenção de praticar o crime e o material foi entregue.

Agricultores e caçadores

Especialistas do Iphan analisaram os três machados arqueológicos e chegaram à conclusão que eles foram fabricados em uma época pré-colonial, ou seja, antes do descobrimento do Brasil, no ano de 1.500.

Allyson explica que provavelmente as peças era utilizadas por comunidades de agricultores e caçadores, que usavam as peças afiadas em tarefas domésticas, como cortar madeira e ossos de animais.

Segundo o superintendente, a datação mais precisa dos objetos não deve ser feita, pois não se sabe o local exato do sítio arqueológico, que é o ponto de onde as peças foram removidas.

Os três machados passaram por um procedimento de limpeza e seguem no Iphan até ser definido um museu para serem enviados.

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