PF quer identificar fornecedor de sargento preso com 39 kg de cocaína
Inquérito aberto na Superintendência da PF no DF quer descobrir se militar preso ao desembarcar de avião em Sevilha fazia parte de quadrilha
atualizado
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A Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias nas quais o segundo-sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues conseguiu embarcar em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ligado à comitiva presidencial com 39 kg de cocaína em uma mala e seguir até Sevilha, na Espanha, sem que nada o impedisse. Ele foi flagrado apenas pela polícia espanhola, ao desembarcar.
A ideia da PF agora é identificar inclusive o fornecedor da droga. Com isso, pretende descobrir se Rodrigues agiu como integrante de um esquema amplo de tráfico internacional.
O flagrante criou enorme embaraço para o presidente Jair Bolsonaro (PSL) na chegada a Osaka, no Japão, onde desembarcou para se reunir com a cúpula do G20 (o grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia). O caso já é alvo de uma outra investigação, conduzida pelo Ministério Público Militar.
A informação da investigação da PF foi revelada pelo portal G1.
Rodrigues foi preso no dia 25 de junho, na aduana de Sevilha. A cidade da Andaluzia seria ponto de parada na viagem de Bolsonaro ao Japão, e o avião onde estava o segundo-sargento era do grupo de apoio à comitiva. Com a prisão, o grupo presidencial optou por fazer a parada em Lisboa, capital de Portugal.