PF pretende pedir prorrogação de inquérito sobre ataque a Bolsonaro
O objetivo da prorrogação é analisar o material reunido durante as investigações
atualizado
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A Polícia Federal deve pedir em breve a prorrogação por mais 15 dias do inquérito sobre o atentado à facada contra Jair Bolsonaro (PSL). O candidato à Presidência da República foi golpeado no dia 6, na altura do abdômen, por Adélio Bispo de Oliveira, 40 anos, quando fazia campanha no centro de Juiz de Fora (MG). O presidenciável foi operado na cidade mineira, no mesmo dia, e depois transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde passou por outra cirurgia e permanece internado.
Bispo foi preso por agentes da PF e levado para a delegacia, onde confessou o crime. Ele afirmou que agiu por contra própria e “em nome de Deus”. O agressor foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional e pode ser condenado a pena de reclusão por período entre 3 e 10 anos, podendo ser aumentada em até o dobro. Ele está em um presídio federal de segurança máxima em Mato Grosso do Sul.
Segundo fontes ouvidas pela reportagem, ao pedir prorrogação do inquérito, a PF pretende concluir a análise de todo o material colhido ao longo da apuração. Além dos dados encontrados no computador pessoal, celulares e nos locais por onde Bispo passou, os agentes federais também se debruçam sobre as imagens de câmeras de imóveis próximos ao local do crime e da pensão onde o homem ficou hospedado.
Os investigadores também analisam as quebras de sigilo autorizadas pela Justiça, para mapear qualquer transação financeira suspeita realizada pelo agressor. O objetivo da apuração, caso a Justiça conceda mais 15 dias, é encerrar a investigação sobre a tentativa de homicídio contra Bolsonaro, para que Bispo possa ser denunciado. Mas, entre os federais, a expectativa é que a averiguação completa sobre o crime não seja encerrada nesse prazo.
Segundo inquérito
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, informou nesta quarta-feira (19/9) que um segundo inquérito vai ser instaurado para apurar o grande volume de informações coletadas na investigação da agressão ao candidato.
Conforme informou Jungmann, a perícia concluiu que o laptop apreendido com o agressor não era usado há mais de um ano. Dos quatro celulares recolhidos, dois também não eram utilizados. Ainda são alvo da investigação os recursos financeiros e cartões de crédito de Adélio Bispo de Oliveira.