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PF prende prefeito e vereadores em operação contra a corrupção

Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de R$ 10 milhões

atualizado

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Divulgação/Polícia Federal
Operação Xeque-mate
1 de 1 Operação Xeque-mate - Foto: Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), deflagrou nesta terça-feira (3/4) a Operação Xeque-Mate, com objetivo de desarticular esquema de corrupção na administração pública de Cabedelo (PB), no âmbito dos poderes Executivo e Legislativo municipal.

Participam da operação cerca de 200 policiais federais. Serão cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 36 de busca e apreensão e 15 sequestros de imóveis expedidos pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.

A Justiça decretou ainda o afastamento cautelar do cargo de 85 servidores públicos, entre eles, o prefeito, Leto Viana (PRP), preso na operação junto à esposa, Jackeline Monteiro Franca. O vice-prefeito, Flávio de Oliveira, e o presidente da Câmara Municipal, Lúcio José do Nascimento Araújo.

A PF apreendeu duas malas de dinheiro na casa de Leto Viana. Segundo os investigadores, o valor é de aproximadamente R$ 80 mil.

PF/Divulgação
Dinheiro apreendido na casa do prefeito

Um dos vereadores estava com R$ 97 mil em espécie escondidos dentro de uma caixa. Confira as imagens:

De acordo com a PF, ficou comprovada a participação das principais autoridades públicas do município que se beneficiavam do esquema de diversas formas. Segundo as investigações, eles registraram aumento patrimonial espantoso, muito acima do condizente com sua renda. Somente na aquisição de imóveis nos últimos cinco anos, verificou-se que um agente político envolvido movimentou mais de R$ 10 milhões à margem do sistema financeiro oficial.

Em um dos esquemas, foram detectados funcionários fantasmas da prefeitura e da câmara municipal que recebiam salários de até R$ 20 mil e entregavam a maior parte para as autoridades locais, ficando de fato com valores residuais. Foram constatadas ainda doações fraudulentas de imóveis do patrimônio público municipal, bem localizados e de alto valor, para empresários, sem que houvesse critérios objetivos para a escolha do beneficiado.

Os envolvidos responderão por formação de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e fraude licitatória. O prefeito responderá ainda por crime de responsabilidade. O MPPB e a PF disponibilizam o endereço eletrônico http://xequemate.mppb.mp.br para denúncias relativas à investigação.

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