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PF prende José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer

A ordem de prisão temporária (cinco dias) é do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF)

atualizado

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José Yunes
1 de 1 José Yunes - Foto: TV Gazeta/Reprodução

A Polícia Federal (PF) prendeu no início da manhã desta quinta-feira (29/3), em São Paulo, o empresário José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer. A ordem de prisão temporária (cinco dias) é do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que apura se decreto presidencial promulgado em 2017 favoreceu empreiteiras e empresas do setor de portos em troca de propina.

A Polícia Federal informou que, por determinação do STF, “não se manifestará a respeito das diligências realizadas na presente data”.

A PF também prendeu o empresário Antônio Celso Grecco, dono da empresa Rodrimar. Ele é investigado por supostamente ter sido um dos beneficiados pelo chamado Decreto dos Portos.

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O advogado José Yunes, ex-assessor e amigo pessoal do presidente Michel Temer (MDB), foi o primeiro a ser preso
O coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Batista Lima é um dos detidos na operação da PF
Dono da Rodrimar,  Antônio Celso Grecco também está preso. Ele é investigado por suposto recebimento de propina
Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, é outro alvo da operação Skala
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Movimentação na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro (RJ), durante a Skala, deflagrada na manhã dessa quinta-feira (29). A operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina

JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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O advogado José Yunes, ex-assessor e amigo pessoal do presidente Michel Temer (MDB), foi o primeiro a ser preso

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O coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Batista Lima é um dos detidos na operação da PF

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Dono da Rodrimar, Antônio Celso Grecco também está preso. Ele é investigado por suposto recebimento de propina

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Wagner Rossi, ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo, é outro alvo da operação Skala

Reprodução/Agência Brasil

Outros alvos da operação, batizada de Skala, são o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo Wagner Rossi e o coronel aposentado da Polícia Militar de SP João Batista Lima, amigo pessoal de Temer. Os dois foram presos.

Delações
O nome de Yunes aparece em pelo menos três delações. O operador financeiro Lúcio Funaro disse que entregou dinheiro vivo oriundo da Odebrecht. A quantia foi de R$ 1 milhãoEm depoimento no ano passado à Procuradoria-Geral da República (PGR), Yunes admitiu ter recebido o dinheiro. Mas afirmou desconhecer se tratar de propina.

Yunes deixou o governo após vir à tona delação do ex-executivo da companhia Cláudio Melo. Ele narrou, em depoimento, reunião ocorrida em 2014 em que Temer teria pedido dinheiro a Marcelo Odebrecht para o MDB. Dos R$ 10 milhõesR$ 6 milhões seriam para campanha de Paulo Skaf e R$ 4 milhões para o ministro Eliseu Padilha distribuir.

O amigo de Temer também foi citado na bombástica delação de Joesley Batista, da JBS. O empresário relatou em depoimento na Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato, que o presidente teria tentado incluir o advogado José Yunes “para intermediar um acordo com uma empresa em disputa judicial em andamento contra o Grupo J&F”.

Segundo o executivo, o negócio renderia cerca de R$ 50 milhões a Yunes.

O advogado José Luis Oliveira Lima, que defende Yunes, divulgou nota sobre a prisão do seu cliente. “É inaceitável a prisão de um advogado com mais de 50 anos de advocacia. Sempre que intimidado, ou mesmo espontaneamente, compareceu a todos os atos para colaborar. Essa prisão ilegal é uma violência contra José Yunes e a cidadania”, destacou.

As defesas da Rodrimar e dos demais alvos da operação não se manifestaram ainda. O Palácio do Planalto também não se pronunciou.

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