Pirâmide financeira: PF prende dono de empresa de bitcoin no Rio
Sete mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 15 de busca são cumpridos pela Polícia Federal nesta quarta-feira (25/8)
atualizado
Compartilhar notícia
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (25/8), em conjunto com o Ministério Público Federal e a Receita Federal, a Operação Kryptos, com objetivo de desarticular organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. O dono da GAS Consultoria, Glaidson Acácio dos Santos (foto em destaque), é um dos alvos e foi preso pelos agentes no Rio de Janeiro.
Outro suspeito foi detido no Aeroporto de Guarulhos (SP), tentando fugir para Punta Cana, na República Dominicana. De acordo com o Extra, os agentes teriam achado na casa de Glaidson, em condomínio na Barra da tijuca, na Zona Oeste do Rio, grande quantia em dinheiro. O montante chegaria a cerca de 20 milhões, entre reais, euros e dólares, além de barras de ouro.
Segundo a investigação, a empresa dele, com sede em Cabo Frio, na Região dos Lagos (RJ), é responsável pela operacionalização de um sistema de pirâmides financeiras ou “esquemas de ponzi”. De acordo com a PF, a organização era vinculada à especulação no mercado de criptomoedas (bitcoin) com a previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido.
Glaidson Acácio dos Santos é ex-garçom e ficou milionário com a organização criminosa ligada ao mercado de bitcoin.
Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses.
Mandados em três estados e no DF
Na ação desta quarta, cerca de 120 policiais federais cumprem sete mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 15 de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal.
Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Os investigados poderão responder pelos crimes de gestão fraudulenta/temerária instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio, organização criminosa e lavagem de capitais, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
Kryptos é um termo grego para designar o “oculto” ou o “escondido” e que, por sua vez, deu origem ao termo cripto.