PF prende 13 e desmonta esquema de liberação de madeira no Ibama
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (24/5) a operação Pátio, em parceria com o o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para desarticular um esquema de fraudes na homologação de depósitos de madeireiras, conhecidos no ramo como pátios. A intenção era “esquentar” madeira de origem ilegal e manipular […]
atualizado
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (24/5) a operação Pátio, em parceria com o o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para desarticular um esquema de fraudes na homologação de depósitos de madeireiras, conhecidos no ramo como pátios. A intenção era “esquentar” madeira de origem ilegal e manipular o sistema de controle de irregularidades administrativas daquele órgão.
Cerca de 70 policiais federais e quatro analistas ambientais do Ibama cumpriram 13 mandados de prisão temporária e nove de busca e apreensão, todos expedidos, a pedido da PF, pela 3ª Vara Federal de Bauru, nas cidades de São Paulo, São Bernardo do Campo, Osasco, Tietê e Piracicaba.
As investigações tiveram início em maio de 2016, após o Ibama ter encaminhado à PF um documento que noticiava a suspeita do esquema criminoso envolvendo um servidor daquele instituto. O inquérito aponta que este funcionário recebia vantagens indevidas para, em conluio com consultores e intermediários que atuam junto a empresas do ramo madeireiro, praticar atos relacionados à aprovação de pátios de empresas madeireiras pelo Ibama, no sistema denominado Sisdof, com o intuito de burlar a fiscalização.Os créditos seriam um meio para que o estado contabilize os produtos florestais produzidos e comercializados pelas empresas autorizadas. Há indício, ainda, da homologação de “pátios” fictícios, utilizados somente para as atividades do grupo investigado. Até o momento, cerca de 8 mil m3 de créditos em madeira fictícios foram gerados pelo servidor. O valor corresponde a 325 caminhões carregados com madeira.
Agora, com a análise do material apreendido no âmbito policial e do início de auditorias do Ibama junto aos envolvidos, poderá ser possível verificar a extensão dos prejuízos ao erário público e ao meio ambiente.
Os investigados responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação oficiais, corrupção passiva, corrupção ativa e violação de sigilo de dados, todos previstos no Código Penal, com punição de 1 a 12 anos de prisão. (Com informações da Polícia Federal)