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PF: plano dos “kids pretos” incluía mortes de Lula, Alckmin e Moraes

Investigações da PF apontam que plano macabro meticulosamente elaborado seria executado no dia 15 de dezembro de 2022

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A Operação Contragolpe, deflagrada nesta terça-feira (19/11) pela Polícia Federal e que prendeu integrantes de um organização criminosa que teria planejado um golpe de Estado em 2002, encabeçada pelos militares chamados de “kids pretos“, expôs um plano macabro que supostamente incluiria os assassinatos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), então presidente eleito, de seu vice, Geraldo Alckimn (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, o plano que teria como objetivo eliminar Lula, Alckmin e Moraes é o “Punhal Verde e Amarelo”, uma ação elaborada meticulosamente e que seria executada no dia 15 de dezembro de 2022, pouco mais de um mês e meio após o segundo turno das eleições, quando Lula derrotou Jair Bolsonaro (PL).

Após consumados o golpe e os assassinatos dos alvos, os “kids pretos” instituiriam um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, integrado pelos próprios militares, que lidaria com as consequências das medidas extremas adotadas. Algo como uma “junta militar” para confirmar o golpe.

“O planejamento elaborado pelos investigados detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas”, relata a PF.

As investigações da Polícia Federal apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

Prisões

A Operação Contragolpe, autorizada por Moraes, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares diversas da prisão.

Um dos alvos é o general da reserva Mário Fernandes, que foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro e hoje é assessor do deputado federal Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro.

Outros “kids pretos” presos:

  • tenente-coronel Helio Ferreira Lima
  • major Rodrigo Bezerra Azevedo
  • major Rafael Martins de Oliveira.

Também foi preso o policial federal Wladimir Matos Soares.

O Exército Brasileiro acompanhou o cumprimento dos mandados, em ações no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal.

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