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PF pede autorização do STF para investigar deputada que caçou maníaco Lázaro

Magda Mofatto é alvo de pedido de investigação encaminhado ao STF. Barroso espera manifestação da PGR para decidir sobre autorização, ou não

atualizado

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1 de 1 goias video magda mofatto - Foto: Reprodução/Instagram

Goiânia – O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), analisa o pedido da Polícia Federal para investigar a deputada Magda Mofatto (PL-GO), de 72 anos, por suposto crime de posse ilegal de arma de fogo. A parlamentar usou a arma durante voo de helicóptero em que prometeu “pegar” o assassino Lázaro Barbosa de Sousa, em junho deste ano.

Lázaro foi capturado e morto por policiais no mesmo mês. Em entrevista ao Metrópoles, a deputada disse que ainda não recebeu qualquer informação oficial sobre possível investigação. “Não recebi nada. Não tenho informação disso”, afirmou.

No dia 19 de junho, Magda Mofatto publicou um vídeo em suas redes sociais, em que aparece em um helicóptero, com roupa camuflada, armada e dizendo que segue rumo à Cocalzinho de Goiás, a 132 quilômetros de Goiânia, para capturar Lázaro, que estava foragido.

A perseguição completava dez dias. Na ocasião, a parlamentar aproveitou para ironizar o governador Ronaldo Caiado (DEM-GO). “Te cuida, Lázaro. Se o Caiado não deu conta de te pegar, eu estou indo aí te pegar. Comandante, rumo para Cocalzinho”, diz Mofatto na gravação.

Ministro avalia investigação

Barroso, relator do caso no STF, avalia se a investigação pode começar. No entanto, ele ainda aguarda manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) nos autos, remetidos em 24 de setembro, sobre a abertura, ou não, do inquérito. A decisão caberá ao ministro.

O delegado enviou o pedido ao Supremo para a “análise e apreciação quanto à existência de justa causa para início de investigação criminal de fato envolvendo deputada federal”. A solicitação chegou ao STF em 13 de setembro.

Em agosto, a corregedora da PF, Marcela Vicente, e o corregedor regional, Thiago Hauptman, fizeram despachos em que disseram que a “investigação não pode ser iniciada sem que haja prévia autorização do tribunal”. No caso, eles falam sobre o STF, já que deputados têm direito ao foro privilegiado.

Vídeo com críticas

Como o vídeo mostra críticas ao governador, a polícia goiana despachou o caso imediatamente para a devida investigação da Polícia Federal, três dias depois de a deputada divulgar o vídeo.

Em 22 de junho, o delegado Rilmo Braga, da Gerência de Planejamento Operacional da Polícia Civil de Goiás, encaminhou o caso para uma delegacia, que, por sua vez, o remeteu para a Polícia Federal porque o suposto crime teria sido praticado dentro de uma aeronave.

A deputada disse ao Metrópoles que não cometeu crime algum, porque, conforme acrescentou, as armas são registradas e pertencem a ela. Magda Mofatto disse que estava no seu helicóptero e dentro de suas terras, mas se negou a dizer quais os modelos de armas estava carregando.

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