PF nega que corpos de jornalista e indigenista tenham sido encontrados
A esposa do britânico afirmou ao jornalista André Trigueiro que as equipes de buscas localizaram os dois profissionais desaparecidos
atualizado
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A Polícia Federal (PF) negou, na manhã desta segunda-feira (13/6), que corpos tenham sido encontrados na região do desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. De acordo com o jornalista André Trigueiro, a esposa de Dom lhe informou que as equipes de buscas teriam localizado os cadáveres dos dois homens.
Diferente da versão veiculada pelo jornalista, a instituição ressaltou que nenhum corpo foi encontrado. Segundo Trigueiro, Alessandra teria sido comunicada sobre a descoberta pela própria PF.
Veja a íntegra do comunicado de imprensa enviado pela PF:
“O Comitê de crise, coordenado pela Polícia Federal/AM, informa que não procedem as informações que estão sendo divulgadas a respeito de terem sido encontrados os corpos do Sr. Bruno Pereira e do Sr. Dom Phillips.
Conforme já divulgado, foram encontrados materiais biológicos que estão sendo periciados e os pertences pessoais dos desaparecidos. Tão logo haja o encontro, a família e os veículos de comunicação serão imediatamente informados.”
Após a Polícia Federal ter localizado, ao longo da semana, rastros de escavação e de barco arrastado, material genético e até pertences das vítimas, a esposa de Dom, Alessandra Phillips, confirmou ao jornalista André Trigueiro que os dois profissionais desaparecidos foram encontrados sem vida na região das buscas.
Alessandra, mulher de Dom Phillips, acaba de me informar que foram encontrados os corpos do marido e do indigenista Bruno Pereira.
— André Trigueiro (@andretrig) June 13, 2022
Dom Phillips e Bruno Pereira desapareceram em 5 de junho, na região do Vale do Javari, no Amazonas. Ambos faziam pesquisa para um livro no qual Dom trabalhava. Ele é colaborador do jornal britânico The Guardian e tem experiência na cobertura da região.
Bruno é servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai) e estava de licença do órgão desde que foi exonerado, em 2019. Ele acompanhava o britânico na investigação sobre pesca e extração de madeira ilegal na região. Os dois profissionais desapareceram no deslocamento a barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
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