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PF não pode ser alijada de discussão sobre fake news, diz novo diretor

Fernando Segóvia defendeu a participação da corporação nas discussões do Tribunal Superior Eleitoral

atualizado

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ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS
FERNANDO SEGOVIA/ POLICIA FEDERAL
1 de 1 FERNANDO SEGOVIA/ POLICIA FEDERAL - Foto: ZECA RIBEIRO/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O novo diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segóvia, defendeu nesta quinta-feira (16/11) o envolvimento da instituição nas discussões no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre os riscos da disseminação de “fake news” (notícias falsas) na campanha de 2018.

O TSE prepara uma força-tarefa para combater a disseminação de “fake news” nas disputas do próximo ano. Integrantes do tribunal já se reuniram com representantes do Google e do Facebook para tratar do tema, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo.

Em meio à ofensiva da Corte Eleitoral, entidades da sociedade civil reagiram à inclusão do Exército, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Federal (PF) nas discussões, temendo que haja margem para excessos e ameaça à liberdade de expressão.

“Eu acho que, dentro de uma sociedade democrática onde a Polícia Federal faz o seu papel investigativo, ela não pode ser alijada de qualquer possibilidade de crime que aconteça dentro da sociedade. Eu acredito que a crítica de entidades é uma opinião”, disse o diretor-geral da PF. “A Polícia Federal é uma polícia judiciária, então, qualquer notícia de crime que esteja acontecendo no país vai ser apurada”, completou.

Segóvia participou de solenidade no TSE em que foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a Corte Eleitoral e a Polícia Federal para o compartilhamento de bancos de dados de impressões digitais.

Acordo
Sobre o compartilhamento do banco de dados do TSE e da PF, Segóvia disse que a parceria vai melhorar a vida do cidadão brasileiro, com a possibilidade de redução de 60% do tempo de espera no atendimento daqueles que forem emitir um passaporte – e já tiverem o dado biométrico cadastrado na Corte Eleitoral.

“Com isso, a gente espera que o cidadão não precise mais ficar fazendo coleta de impressões digitais, biometrias. Isso vai reduzir bastante o tempo de atendimento”, comentou o novo diretor-geral da PF.

De acordo com o TSE, cerca de 68 milhões de eleitores brasileiros já tiveram os seus dados biométricos registrados. A expectativa é de que a coleta de dados seja concluída em 2022.

“A polícia nos tem ajudado, como também nos tem ajudado na questão de prestação de contas e de identificação dos desvios, práticas que determinadas pessoas costumam desenvolver. Em suma, temos tido parceria bastante intensa e isso vai continuar”, disse o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes.

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